Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 10 de maio de 2024
Por meio de sua representação no Brasil, a Cruz Vermelha Internacional está mobilizada para atuar em meio à situação de calamidade enfrentada pelo Rio Grande do Sul por causa das enchentes. O comando nacional da instituição humanitária independente fundada na Suíça em 1863 decidiu concentrar em Caxias do Sul (Serra Gaúcha) a logística de recebimento e distribuição de donativos.
“Estamos acompanhando de perto a situação e mobilizando esforços para implementar ações de assistência”, ressalta o presidente nacional em exercício da entidade, Kleber Maia. Ele também reitera o compromisso da organização em enfrentar os desafios decorrentes do retorno da chuva ao Estado, contando para isso com voluntários no Rio de Janeiro (sede da entidade no País) e outros Estados.
“Em colaboração com os parceiros estratégicos como DHL, Eurofarma, Mercedes Benz e GM, estamos fortalecendo nossas operações logísticas para garantir a efetividade das ações, facilitando a entrega de ajuda nos pontos necessários”.
As ações foram definidas nesta semana, durante reunião entre o secretário-adjunto da Casa Civil, Gustavo Paim e o coordenador nacional de gestão de risco e desastre da Cruz Vermelha, Djair Soares. As equipes estão mobilizadas e atuando em diversas áreas, incluindo gestão de riscos e desastres, voluntariado, primeiros socorros, saúde, logística, restabelecimento de laços familiares, apoio psicossocial e cooperação internacional.
Um ônibus de saúde adaptado, equipado com consultórios e salas de procedimentos, foi deslocado até a base de operações na cidade gaúcha para oferecer suporte às demandas da tragédia climática. A permanência será de pelo menos três meses.
O local escolhido como “QG” é o campus da faculdade Anhanguera em Caxias do Sul, já utilizado pela entidade para ações na região. Isso inclui atividades humanitárias em zonas atingidas pelos temporais dos últimos meses.
“Após o resgate de mais de mil pessoas, o foco do Gabinete Avançado de Crise é a organização da estrutura de auxílio humanitário”, destaca o ajunto da Casa Civil, que organiza os trabalhos do colegiado na região. “A Cruz Vermelha vem complementar o trabalho que o Estado vem fazendo com a experiência dos voluntários.”
Djair Soares acrescenta: “Nosso papel será de reforço e ampliação ao que já está sendo desenvolvido pela filial municipal. Traremos nossa equipe de resposta nacional para atuar em gestão de risco e desastres, atendimento à saúde, atendimento aos abrigos e restabelecimento de vínculos familiares, além do apoio psicossocial”.
Expansão
Nesta semana, secretário-adjunto visitou o Centro de Comando instalado na Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Faria Lemos, em Bento Gonçalves, que coordena as operações de resgate, recebe e distribui donativos. Ele também esteve no aeroclube local, que serve de apoio a aeronaves de resgate e envio de mantimentos.
Paim percorreu, ainda, os Centros de Distribuições organizados no Ginásio Municipal de Garibaldi e no aeroporto de Caxias de Sul. Ambos já funcionam plenamente, não apenas recebendo doações de diversos Estados e municípios, mas também atendendo a demandas das cidades atingidas:
“O governo do Estado busca ficar mais perto das pessoas para resolver os problemas de maneira efetiva, atuando em várias frentes. Por isso, estamos no Aeroporto de Caxias e no Aeroclube de Bento Gonçalves pela facilidade do escoamento aéreo dos donativos, bem como na Anhanguera e em Garibaldi, pela questão terrestre”.
(Marcello Campos)
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