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Porto Alegre UFRGS suspende atividades acadêmicas presenciais e remotas até o dia 1º de junho

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Decisão leva em conta os transtornos causados pelas enchentes e seus impactos. (Foto: Flávio Dutra/UFRGS)

O reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Carlos André Bulhões, publicou nessa sexta-feira (17) duas portarias que suspendem todas as atividades acadêmicas presenciais e não presenciais da instituição até o dia 1º de junho. A medida é motivada pela situação de calamidade pública por causa das enchentes no Estado.

Conforme informado no portal ufrgs.br, a decisão vale para expedientes técnico-administrativos mas não se aplica às práticas de ensino de graduação, pós-graduação, pesquisa e extensão que envolvem atendimento a demandas da população. Em alguns casos, A paralisação ficará a critério da direção de cada unidade.

Também prevê que as rotinas administrativas e de suporte acadêmico deverão ser realizadas por meio de trabalho remoto, quando possível, igualmente de acordo com avaliação caso a caso.

Ambas os documentos levam em consideração as dificuldades da catástrofe ambiental que atinge Porto Alegre e outras centenas de cidades gaúchas, não apenas na UFRGS como também no âmbito de outros órgãos e instituições. São problemas relacionados a inundações, falta de luz, falhas de comunicação e outros impactos.

Identificadas pelos números 3.099 e 3.100, as portarias estão disponíveis na íntegra para consulta no mesmo site. As atividades presenciais da Universidade já estavam interrompidas desde o dia 3 de maio, por causa das chuvas que se intensificavam no Rio Grande do Sul – na ocasião, foi informado que não haveria prejuízo ao calendário acadêmico.

Crítica à exclusão das universidades

Em ensaio publicado nessa sexta-feira no portal da UFRGS, a doutoranda Alessandra Prates Barreras Carriero critica a exclusão das instituições de ensino superior pelos governos no enfrentamento de mudanças climáticas. Ela define a questão como “um erro estratégico”.

“Pesquisas acadêmicas fornecem dados robustos e análises detalhadas que são fundamentais para a elaboração de políticas eficazes”, ressalta a pesquisadora. “É notório que os governos muitas vezes negligenciam o potencial das universidades como parceiras estratégicas no enfrentamento desta crise”.

Ela acrescenta: “Além de gerar conhecimento, as universidades formam profissionais altamente capacitados. Engenheiros ambientais, climatologistas, geógrafos e outros especialistas são preparados nessas instituições para enfrentar desafios ambientais”. A íntegra do texto também está disponível em ufrgs.br.

(Marcello Campos)

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