Quinta-feira, 06 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 22 de maio de 2024
O senador Sérgio Moro celebrou nessa quarta-feira (22) o julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que rejeitou a pedido de cassação do seu mandato por acusação de abuso de poder econômico. Moro afirmou que as acusações contra ele sobre gastos de campanha eram “falsas e mentirosas”.
Na noite de terça (21), o TSE decidiu, por 7 votos a 0, manter a decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), que já havia rejeitado a denúncia.
“Em julgamento unânime, técnico e independente, o TSE rejeitou as acusações falsas e mentirosas que foram feitas buscando a cassação do meu mandato. Vou me focar no Senado Federal. Quero registrar o meu apreço e o meu orgulho de integrar o Senado. Sempre tive apoio dos meus pares, dos vários partidos, e da liderança do Senado.”
Para Moro, a ação contra o seu mandato foi uma consequência do cenário de “polarização política” do país, mas o Judiciário afirmou sua independência.
“Muita gente, sem conhecimento, afirmava que era impossível a preservação do meu mandato, que eram ‘favas contadas’. Até com certo desrespeito ao Judiciário. Hoje a opinião pública é unânime, todos afirmam que o julgamento foi técnico e correto. Não vi críticas ao conteúdo jurídico do julgamento. Temos que nos orgulhar do nosso Judiciário que mostrou essa independência.”
O senador agradeceu também ao apoio de sua equipe, de seus suplentes e de sua família durante o correr do processo.
Moro fez elogios a Corte, ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e reforçou sua atuação política ao sinalizar que será cabo eleitoral de projeto para “derrotar o PT” em 2026. Ele também chamou de ‘boato’ a possibilidade de um revés no seu julgamento concluído na terça.
“Os boatos sobre minha cassação eram exagerados. O TSE fez ontem um julgamento técnico, independente e rejeitou as acusações falsas e mentirosas que foram feitas buscando a cassação do meu mandato”, disse Moro nesta quarta-feira.
Ele disse que o julgamento o fez refletir sobre sua história. “Quando era juiz, diziam que era impossível combater no Brasil a grande corrupção e acabar com a impunidade. E nós fizemos a Lava Jato, produto, sim, das instituições brasileiras, mas em relação ao qual eu tive uma participação relevante durante quatro anos”, disse.
Moro afirmou que tem planos de participar da campanha presidência de 2026, apoiando um candidato que não seja o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e disse que irá defender um projeto para derrotar o PT. Ele citou como possibilidades, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, do mesmo partido dele, o de São Paulo, Tarcísio de Freitas e o de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo).
“Oposição sim, mas sem que nós alimentemos essa polarização nacional”, disse.
“Pretendo continuar sendo oposição ao governo Lula, e vejo, infelizmente, o país em rumos errados em vários cenários. Entre eles, por exemplo, no aumento da tributação sobre a população e no aumento da dívida pública sem controle de gastos”, afirmou.
No imbróglio que chegou até o TSE, Moro era acusado pelo PT e pelo PL de abuso de poder econômico nas eleições de 2022. Os partidos alegavam que o hoje senador levou vantagens sobre seus concorrentes ao se declarar como pré-candidato à Presidência meses antes da campanha oficial e que teve gastos acima do permitido para quem disputou uma vaga ao Senado.
O político paranaense havia sido inocentado no mês passado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), mas as siglas recorreram ao TSE, que agora avalia o caso. Na terça-feira, quando o julgamento foi retomado, foi feita a leitura do parecer do Ministério Público Eleitoral e as sustentações orais da acusação e da defesa. PT e PL sustentaram que Moro teria ultrapassado o teto permitido para os gastos nas campanhas para o senado e, assim, teria se beneficiado. As informações são da Agência Senado e do jornal O Globo.