Quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 25 de maio de 2024
O aeroporto permanece tomado pelas águas e inoperante desde os eventos climáticos adversos, com previsão de ficar fechado pelo menos até agosto
Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da RepublicaA Fraport, administradora do Aeroporto Salgado Filho em Porto Alegre, solicitou à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) uma reavaliação dos termos do contrato de concessão diante dos prejuízos causados pelas recentes enchentes no Rio Grande do Sul.
O aeroporto permanece tomado pelas águas e inoperante desde os eventos climáticos adversos, com previsão de ficar fechado pelo menos até agosto. As cenas são catastróficas, com a pista de pouso e decolagem submersa, aeronaves cobertas pela água e áreas internas danificadas.
Danos estruturais
Especialistas apontam que a infiltração de água na pista pode ter causado danos estruturais que exijam a refeição completa do pavimento, uma vez que o peso das aeronaves pode afundá-la em determinados trechos.
A Fraport alega que o tamanho do prejuízo ainda não pode ser dimensionado, pois é necessário aguardar a redução do nível das águas para avaliar os danos em áreas como o saguão e os equipamentos de check-in, que também foram danificados.
Reequilíbrio econômico-financeiro
Diante dessa situação, a empresa solicitou à Anac um reequilíbrio econômico-financeiro do contrato, procedimento previsto para eventos adversos. Após a contabilização dos danos, três opções estão em análise: redução do pagamento da outorga à União; alongamento do período de contrato ou aumento da tarifa paga pelos passageiros.
A Anac reconheceu a razão do pedido da Fraport, mas não há prazo definido para a reavaliação até que os prejuízos sejam adequadamente mensurados. Enquanto isso, a base militar de Canoas tem auxiliado nas operações, mas com capacidade limitada em relação ao fluxo usual do aeroporto.