Quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 25 de maio de 2024
Absolvido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o senador Sergio Moro (União-PR) afirmou que não considera a hipótese de se candidatar à presidência da República nas eleições de 2026.
Segundo Moro, o plano é apoiar o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que pretende lançar a candidatura pelo União Brasil.
Moro defendeu a formação de um frente partidária de oposição ao candidato do governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
“O governador Caiado bem representa o partido, se ela de fato se firmar em 2026. Existe um desejo de formar uma frente de centro e centro-direita para que possamos virar a página das políticas erradas do atual do governo.”
Polarização política
Questionado se o julgamento ajuda a diminuir a fervura entre o Legislativo e o Judiciário, Moro respondeu enfatizando a relação com o Executivo e não falou sobre o Poder que integrou durante a maior parte da trajetória pública.
Incomodado com decisões do Supremo, o Congresso tem procurado desde o ano passado avançar em pautas de enfrentamento a julgamentos do Supremo Tribunal Federal (STF) ou em matérias que podem representar alterações no alcance de decisões de ministros e até duração de mandatos.
O ex-juiz afirmou que nunca deixará de fazer oposição a Lula, mas que não irá alimentar uma “polarização irracional” e que votará com o governo quando houver possibilidade de convergir, citando como exemplo medidas em socorro ao Rio Grande do Sul. Moro defendeu deixar de lado o “espírito de revanchismo e a polarização exacerbada”.
“Sou oposição ao governo Lula. Em 2026, estarei defendendo um projeto para derrotar o PT, tendo outros candidatos à frente para buscar a presidência, como o governador Caiado (GO), talvez o governador Tarcísio (SP) e talvez o governador Romeu Zema (MG). Mas fato é que temos que diminuir a temperatura política”, disse ele.
Relação com Bolsonaro
O senador afirmou que não fala com Jair Bolsonaro (PL) “há um bom tempo” e relembrou que houve um pedido do ex-presidente da República ao PL para que houvesse desistência do recurso ao Tribunal Superior Eleitoral após a absolvição no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná – o partido de Bolsonaro foi um dos autores do pedido à Justiça Eleitoral que poderia cassar Moro.
Ex-ministro da Justiça e Segurança Pública no governo Bolsonaro, Moro deixou o cargo fazendo acusações contra o ex-presidente, mas depois se reaproximou e inclusive integrou o palanque de Bolsonaro nas eleições de 2022.
Moro atribuiu a insistência no recurso ao TSE a lideranças do PL no Paraná. Após a decisão da Corte eleitoral, o partido não deve recorrer ao STF.