Segundo Sanguinetti, não é possível afirmar que os sedimentos chegaram ao Oceano Atlântico somente na semana passada. “Estavam chegando em diferentes profundidades, mas pode-se dizer que, massivamente, começaram a chegar na quinta-feira passada, ou seja, no dia 23.”
Em relação aos impactos provocados pela chegada do lixo e de demais resíduos ao litoral, uma das possibilidades é de que a Praia do Cassino, na cidade de Rio Grande, seja a mais afetada. “Dadas as condições oceanográficas e o padrão de circulação costeira, as correntes costeiras vão direcionar parte desse resíduo para as praias”, comenta.
“Um impacto ambiental bem visível, provavelmente, é a chegada de parte desse material à Praia do Cassino, se depositando na faixa de areia. Isso causa impacto ambiental para os animais que vivem naquele setor e para a utilização da praia, por mais que estejamos no inverno”, detalha.
Ciclone
Com a atuação de um ciclone extratropical em alto mar, as rajadas de vento em algumas áreas da região Sul do Brasil devem ser intensificadas nesta terça-feira (28). Segundo o Climatempo, independente se estiver chovendo, o risco é para ventos persistentes.
O alerta para o extremo sul do Rio Grande do Sul indica que as rajadas de vento podem ultrapassar os 91 km/h. Ainda, há o risco de ventos fortes em todo o leste do Estado e o sul de Santa Catarina com as rajadas variando de 70 a 90 km/h.
Desde o começo das chuvas no Rio Grande do Sul, no final de abril, o estado já registrou 169 pessoas mortas e outras 53 desaparecidas, de acordo com dados divulgados pela Defesa Civil do Estado noite dessa segunda (27). Até o momento, 469 dos 497 municípios gaúchos já foram afetados pelas enchentes.