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Política Lula avisou a auxiliares que não pretende deflagrar uma reforma ministerial ou trocar seus articuladores políticos após derrota sofrida no Congresso

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Impacto financeiro será de R$ 17,9 bilhões em 2025 e outros R$ 8,5 bi em 2026. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avisou a seus auxiliares que não pretende deflagrar uma reforma ministerial ou trocar seus articuladores políticos após a derrota sofrida na última terça-feira (28), no Congresso Nacional. A palavra de ordem é apenas ajustar os ponteiros com o time atual.

Ao fazer um balanço da goleada da oposição, que derrubou o veto de Lula à “saidinha dos presos”, parlamentares da base defenderam junto ao Palácio do Planalto um freio de arrumação de peso na articulação com a Câmara dos Deputados e o Senado, para facilitar a aprovação de temas caros ao governo.

Apesar da reclamação geral e da cobrança por novidades, interlocutores de Lula afirmam que uma reforma ministerial ampla será feita somente depois das eleições municipais, quando o presidente vir o desenho político definido pelas urnas. A articulação deve ser casada com a sucessão no PT. A atual presidente da sigla, Gleisi Hoffmann, vai encerrar seu mandato em 2025 e caminha para assumir um ministério. O favorito de Lula para dirigir a legenda a partir do ano que vem é o prefeito de Araraquara (SP), Edinho Silva.

Conforme a Coluna do Estadão, do jornal O Estado de S. Paulo, uma ala expressiva do PT atribuiu ao líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), a responsabilidade pela vitória da oposição na última terça. Mas o próprio partido do presidente Lula deu votos para a derrubada do veto de Lula à “saidinha” de presos. Enquanto isso, o Legislativo manteve o veto do então presidente Jair Bolsonaro à Lei de Segurança Nacional, evitando a criminalização das fake news durante campanha eleitoral.

Nos bastidores, aliados não-petistas reciclaram a reclamação de que Lula confiou somente ao PT os ministérios palacianos. Os líderes do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), e no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), também são filiados ao partido. À frente da liderança no Congresso, Randolfe deixou a Rede Sustentabilidade e está sem legenda, mas já anunciou que pretende voltar às fileiras petistas.

Em meio à “ressaca” com as derrotas no Congresso, pessoas próximas ressaltaram ao presidente que o Congresso deu nova demonstração de sua resistência à agenda de costumes, e “cartuchos” da articulação política não devem ser aplicados nessa seara. O Palácio do Planalto, contudo, entende que o coração da agenda econômica está blindado, principalmente na reforma tributária, que tem um protagonismo dividido com o Congresso.

De acordo com um ministro, Lula já sabia que seria derrotado no veto das “saidinhas”, mas achou importante marcar posição e evitar a pecha na esquerda de que se eximiu do debate da segurança pública.

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