Segunda-feira, 10 de março de 2025
Por Redação O Sul | 3 de junho de 2024
O ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em vídeo divulgado em sua rede social no domingo (2), Bolsonaro disse que o petista quer manter a população pobre. “Se o cara [Lula] é o pai dos pobres, se acabar com os pobres, ninguém vota mais nele”, afirmou Bolsonaro em evento na cidade de Guarulhos (SP) para a arrecadar doações para o Rio Grande do Sul, após as enchentes que assolam o Estado.
Como argumento, o ex-presidente cita a votação da taxação de produtos importados, projeto conhecido como “taxação das blusinhas”. “O que a turma da esquerda fez? Botou nas redes sociais que eu aprovei. Eu não tenho mandato”, diz Bolsonaro que complementa relatando que “os caras sempre culpam terceiros pelas covardias que eles fazem”.
De acordo com o ex-presidente, seria mais fácil ser do outro lado, referindo-se à posição política. “Para quem está do lado de cá, é ameaçado o tempo todo, acusado de fazer um montão de coisa errada mas não provam nada”, afirma.
Bolsonaro cita casos em que foi atribuído a ele crimes e má condutas. Ele foi indiciado por fraude em cartão de vacina referente à pandemia da covid-19, é investigado por suspeita de ter tentado liberação ilegal de um conjunto de joias trazidos da Arábia Saudita, além de ter sido acusado por Lula e pela primeira-dama, Rosângela da Silva, pelo ‘sumiço’ de móveis no Palácio da Alvorada após ter deixado o poder. “Me acusaram de corrupção, me chamam de tudo, mas não me chamam de ladrão” declara.
Ele finaliza dizendo que a população “gosta de ouvir mentirinhas doces”, e como exemplo cita votos feitos em um começo de relacionamento, “vou te dar picanha e cervejinha”, fazendo referencia às promessas de campanha de Lula.
Recurso rejeitado
Em outra frente, o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), rejeitou recentemente o recurso de Bolsonaro para que a decisão que o tornou inelegível seja analisada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Bolsonaro e o seu vice na chapa que disputou a presidência em 2022, Walter Braga Netto, foram condenados por abuso de poder político e econômico nas comemorações do Bicentenário da Independência.
“Perseguição sem fim”, foi assim que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou a decisão de Alexandre de Moraes. O ex-presidente ainda lembrou a multa de R$ 425 mil, também definida em outubro de 2023.
A defesa do ex-presidente e do ex-ministro alega ter sido cerceada e afirma que o julgamento violou o devido processo legal. Moraes considerou que os acusados tiveram amplo direito de defesa e que o recurso não cumpre requisitos básicos para uma ação desse tipo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.