Quarta-feira, 27 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 6 de junho de 2024
Mais uma vez a FEDERASUL expressou e formalizou sua preocupação com a necessidade de uma solução financeira para socorrer as empresas atingidas direta ou indiretamente pelo desastre climático.
Para tratar desse assunto e do desafio que o Rio Grande do Sul está enfrentando após a tragédia das chuvas, a entidade reuniu no Tá na Mesa o diretor-presidente do Banco Sicredi, Cesar Bochi e o presidente do Bancoob, Marco Aurélio Borges de Almada Abreu que abordaram o tema “O resgate do RS”.
O presidente da entidade, Rodrigo Sousa Costa, enfatizou que se não houver recursos “haverá uma onda de demissões no Estado já que as empresas não faturaram no mês de maio e, portanto, não possuem recursos para a folha de pagamento dos funcionários que deve ser paga nesta sexta-feira”.
O dirigente destacou que o setor produtivo vem realizando reuniões de mobilização com parlamentares e lideranças sindicais em busca de um consenso na reivindicação de políticas públicas que possam estancar essa hemorragia. “Precisamos unir forças para resgatar a capacidade de geração de riqueza no Estado”, destacou o presidente.
Convictos de que a superação das dificuldades se dará através da união, os dirigentes das entidades confiam na integração existente entre o cooperativismo e o associativismo.
Cesar Bochi disse que aguarda para os próximos dias a publicação de uma Medida Provisória do Banco Central que autoriza as cooperativas a repassar linhas de crédito com juros subsidiados para socorrer empreendedores gaúchos. “As empresas precisam de acesso ao crédito para se reerguer e as cooperativas estão comprometidas com a reconstrução do Estado”, afirmou.
O presidente do Bancoob, Marco Aurélio Borges de Almada Abreu, reforçou o papel das cooperativas na busca de soluções para a crise gaúcha visando a retomada da capacidade produtiva do Estado.
Relatou que inicialmente tiveram dificuldades nas negociações com os contratos vigentes junto ao Banco Central, mas que em seguida todos os apelos foram atendidos, o que resultou em vários benefícios para tomadores de crédito como prorrogação do vencimento dos financiamentos, suspensão de cobranças de crédito, de seguro vencido, e maior prazo de carência. “Estamos juntos na luta para reunir o máximo de esforços que possam minimizar o impacto das perdas”, complementou Almada.
Também participaram do debate dirigentes da FEDERSAUL, como os vices-presente de Integração, Rafael Goelzer e de Micro e Pequena Empresa Douglas Ciechowiez, além do diretor César Saut. Goelzer lembrou que muitas empresas gaúchas sofreram grandes impactos e tiveram um decréscimo extremo de faturamento e que precisam do apoio do Governo Federal e das cooperativas.
Para Saut as cooperativas têm um papel importantíssimo na reconstrução do Estado pela sua capilaridade. Douglas Ciechowiez destacou a importância da agilidade nos processos de reconstrução e que a parceria com as cooperativas traz muita força.
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