Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 8 de junho de 2024
André Felippe Falbo Ferreira, o Pampa, campeão olímpico de vôlei em 1992, faleceu na sexta-feira (7) em decorrência de complicações pulmonares causadas por uma reação à quimioterapia.
O medalhista de ouro pela Seleção Brasileira nos Jogos Olímpicos de 1992, em Barcelona (Espanha), foi diagnosticado com linfoma de Hodgkin. Ele apresentou febre após a quarta sessão do tratamento, que utiliza medicamentos para destruir as células doentes, e ficou 35 dias internado antes da intubação.
Doença
Este tipo de câncer é originado no sistema linfático, um conjunto composto por órgãos (linfonodos ou gânglios) e tecidos que produzem as células responsáveis pela imunidade e vasos que conduzem essas células através do corpo.
O linfoma de Hodgkin tem a característica de se espalhar de forma ordenada, de um grupo de linfonodos para outro grupo, por meio dos vasos linfáticos. A doença surge quando um linfócito (célula de defesa do corpo), mais frequentemente um do tipo B, se transforma em uma célula maligna, capaz de multiplicar-se descontroladamente e disseminar-se.
A célula maligna começa a produzir, nos linfonodos, cópias idênticas, também chamadas de clones. Com o passar do tempo, essas células malignas podem se disseminar para tecidos próximos, e, se não tratadas, podem atingir outras partes do corpo. A doença origina-se com maior frequência na região do pescoço e na região do tórax denominada mediastino.
A doença pode ocorrer em qualquer faixa etária; porém é mais comum entre adolescentes e adultos jovens (15 a 29 anos), adultos (30 a 39 anos) e idosos (75 anos ou mais). Os homens têm maior propensão a desenvolver o linfoma de Hodgkin do que as mulheres.
Sintomas
Para este tipo de linfoma, os sintomas variam de acordo com a localização do tumor. Desta forma, se for na região do tórax, por exemplo, o acometido tende a ter acessos de tosses e dificuldade para respirar. Outros sinais comuns são:
* Cansaço;
* Febre;
* Calafrios;
* Perda de peso;
* Suores noturnos;
* Coceira na pele;
* Pele seca;
* Aumento do baço.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a incidência de casos novos permaneceu estável nas últimas cinco décadas, enquanto a mortalidade foi reduzida em mais de 60% desde o início dos anos 1970 devido aos avanços no tratamento. A maioria dos pacientes com linfoma de Hodgkin podem ser curados com o tratamento disponível atualmente.
Em janeiro deste ano, o ex-treinador Carlos Alberto Parreira relatou que estava há quatro meses tratando deste câncer. Em setembro de 2021, o apresentador Caio Ribeiro anunciou que se tratava de um linfoma de Hodgkin. Pouco tempo depois, informou que estava curado.