Quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 8 de junho de 2024
Institutos de pesquisa dos Estados Unidos mediram nessa semana a reação dos eleitores à condenação de Donald Trump pela Justiça, em 30 de maio. O ex-presidente, candidato à Casa Branca, foi condenado por fraude ao comprar silêncio da atriz pornô Stormy Daniels nas eleições de 2016. A pena será divulgada em julho.
Mesmo condenado, Trump, do Partido Republicano, concorrerá com o atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, do Partido Democrata, nas eleições de 5 de novembro. Ambos estão praticamente empatados nas pesquisas, com diferença de 0,3% para Trump, segundo média obtida pelo RealClear Politics, que agrega diferentes pesquisas sobre a disputa eleitoral.
De maneira geral, a intenção de voto não se alterou de forma impactante com a decisão da Justiça. Analistas informaram à imprensa americana, porém, que qualquer pequena variação pode ser decisiva para o resultado final, porque os dois candidatos estão muito próximos.
Veja abaixo as principais conclusões das pesquisas elaboradas após a condenação. Os questionários e a metodologia variaram entre os levantamentos.
The New York Times/Siena College: cai apoio a Trump
Pesquisa Siena College com o jornal The New York Times, divulgada em 5 de junho, ouviu as mesmas 1.897 pessoas em abril e maio, antes e depois da condenação de Trump. Na primeira pesquisa, Trump liderava por três pontos percentuais; depois da condenação, a diferença caiu para um ponto. O levantamento foi feito por telefone e não tem margem de erro, segundo o jornal, ele “não necessariamente representa a opinião de todo o eleitorado”.
De uma pesquisa para a outra, 7% das pessoas que diziam apoiar Trump mudaram de ideia, mas nem todas migraram para a candidatura de Biden: 3% dos apoiadores de Trump na primeira pesquisa afirmaram após a condenação que votarão em Biden. Outros 4% afirmaram que agora estão indecisos.
Pesquisa anterior à condenação de Trump:
Donald Trump 48%
Joe Biden 45%
Fonte: New York Times/Siena College
Pesquisa posterior à condenação criminal de Trump
Donald Trump 47%
Joe Biden 46%
Fonte: New York Times/Siena College
The 19th News: não houve mudanças nas intenções de voto.
Levantamento do site The 19th News e da consultoria SurveyMonkey aponta não ter havido mudança nas intenções de voto, mesmo que tenha havido movimentação dos eleitores. O levantamento foi feito com 5.893 pessoas. Cerca de 10% afirmaram que a condenação fez com que eles reconsiderassem a escolha, mas isso não significa que Trump perdeu eleitores: não necessariamente esses votos irão para Biden.
O levantamento tem margem de erro de 1,5 ponto percentual, para mais ou para menos.
Intenção de voto após condenação de Trump:
Donald Trump 34%
Joe Biden 30%
Indecisos 20%
Não pretende votar 9%
Fonte: 19th News/SurveyMonkey
Reuters/Ipsos: republicanos em dúvida
Uma pesquisa da Reuters Ipsos feita horas após a condenação aponta que 10% dos eleitores do Partido Republicano afirmaram que agora estão menos propensos a votar em Trump. Já entre os eleitores independentes (nem do Partido Democrata e nem do Partido Republicano), 25% disseram que após Trump ser considerado culpado, a chance de votarem nele diminuiu. Outros 18% afirmaram que agora a propensão em votar em Trump aumentou.
Foram ouvidos 2.556 americanos. A margem de erro é de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.
ABC/Ipsos: eleitores independentes acham que Trump deve desistir
A rede ABC também fez uma pesquisa com a Ipsos, divulgada em 2 de junho. A maioria (52%) dos eleitores independentes diz considerar que a condenação foi correta e que Trump deveria abandonar a candidatura.
Foram ouvidos 718 americanos. A margem de erro é de 3,7 pontos percentuais.
Morning Consult: republicanos defendem desistência de Trump
A consultoria Morning Consult identificou em pesquisa divulgada em 1º de junho que 15% dos eleitores do Partido Republicano querem que ele desista da candidatura. Entre os eleitores do próprio Trump, são 8%. Foram ouvidos 2.220 eleitores registrados. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para cima ou para baixo. As informações são do G1.