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Colunistas Lembranças que ficaram 26

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A Expointer da Reconstrução e da Retomada, como está sendo chamada, se estende até 1º de setembro, das 8h às 20h30. (Foto: Divulgação)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Como nasceu a Expointer

Vivendo a crueldade do momento atual quando tão destruidor abalo se abateu sobre nosso Rio Grande e mesmo cheio de dor, de enormes problemas e quase indomável desesperança dos que tudo perderam, sustentados em suas crenças e em sua fé, procuram na oração à Deus, na palavra de seus compatriotas e no acolhimento de seu povo, a força de trabalho que precisarão para reconstruir ou repor a base do que tinham e os sustentavam. Tenho nos meus guardados o texto abaixo que não sei quem escreveu e por isso está entre aspas e que nos mostra em rápido resumo que mesmo abalado por guerras e tristes revoluções no Século XIX e início do XX, o Rio Grande quis e encontrou a harmonia e o desenvolvimento que buscava. E assim o fará novamente.

“A Exposição Agropecuária e Industrial do Rio Grande do Sul de 1901, também conhecida por Exposição Agroindustrial de 1901 foi uma exposição de produtos agro-pecuários e industriais que aconteceu em Porto Alegre, em 1901. Foi parte do ciclo de exposições industriais realizadas pelo governo provincial, que incluíram a Exposição Riograndense, em 1866, a Exposição de 1875 e a Exposição Brasileira-Allemã.”

“Buscando atenuar as feridas da Revolução de 1893, Borges de Medeiros oficializa a Exposição com o decreto n°235 de 4 de abril de 1899. O objetivo era marcar o início do século XX e exibir o desenvolvimento do Rio Grande do Sul em todas as suas atividades.”

“A feira foi realizada nos chamados Campos da Redenção, hoje Parque Farroupilha. A Inauguração Solene da Exposição, ocorreu em 24 de fevereiro de 1901, com a presença do presidente do estado Borges de Medeiros, acompanhado Arcebispo D. Claudio José Gonçalves Ponce de Leon e ao lado deste, o embaixador americano no Brasil, Charles Page Bryan.”

“A entrada principal da ficava ao lado da atual Escola de Engenharia, na Praça Argentina, sendo delimitada pelo espaço compreendido entre a Praça Argentina, Avenida Osvaldo Aranha, Rua Sarmento Leite e Avenida João Pessoa.”

“Na exposição estavam representados 60 municípios, com 2 200 expositores, 8 872 objetos classificados, mostrando as suas riquezas naturais, fauna, flora, indústria manufatureira e pastoril, artes e ciências, no total foram expostos mais de 80.000 itens, entre produtos, animais e equipamentos. No pavilhão das Belas Artes estavam expostos trabalhos de Virgílio Calegari ,Otto Schönwald, Augusto Amoretty, Jacinto Ferrari, Romoaldo Pratti e Pedro Weingartner, entre outros.”

“O ingresso custava um mil réis por pessoa e o horário de visitação começava as nove horas da manhã e se estendia até vinte e duas horas. A feira foi encerrada em 2 de junho de 1901, tendo contabilizado mais de 67 000 visitantes durante 98 dias de funcionamento, numa média de 6 836 pessoas por dia, números muito bons para uma cidade com 70 000 habitantes.”

“O Museu Júlio de Castilhos foi criado, em 1903 a fim de abrigar objetos que vinham sendo coletados desde 1901, e estavam sediados nos pavilhões construídos para a Exposição Agropecuária e Industrial. A atual Expointer remonta à Feira de 1901, que depois, em 1909, passou a ser realizada no Prado Riograndense, depois no Parque de Exposições Menino Deus, e finalmente, por causa do espaço insuficiente, instalada em 1970, em uma área de 64 hectares da Fazenda Kroeff.”

A EXPOINTER se tornou mundialmente conhecida e atrai expositores de todo mundo, onde os melhores e mais modernos sistemas, métodos e técnicas da criação, reprodução, saúde, qualidade da pecuária são expostos ao lado de surpreendentes, majestosos e impressionantes máquinas, equipamentos e implementos para agricultura, são expostos e comercializados.

“Mostremos valor, constância, nesta ímpia e injusta guerra / mas não basta, pra ser livre / ser forte, aguerrido e bravo / Povo que não tem virtude / Acaba por ser escravo.”

Virtude não inclui politicagem, demagogia, interesses escusos, vantagens pessoais. Que o “sangue farrapo” corra quente e disposto a tudo pelo Rio Grande.

Luiz Carlos Sanfelice – advogado

 

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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