Sábado, 30 de novembro de 2024
Por Cláudio Humberto | 14 de junho de 2024
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Deputados articulam a substituição da ministra Nísia Trindade (Saúde) pelo colega Dr. Luizinho (PP-RJ), até como forma de “melhorar” a relação da Câmara com o governo Lula (PT), mais perdido que pessoa com deficiência visual em tiroteio. Até abril, Dr. Luizinho foi o líder do maior bloco da Câmara formado pelo seu partido e mais União Brasil, PSDB-Cidadania, PDT, Avante, Solidariedade e PRD. Ele participou das principais derrotas e algumas poucas vitórias de Lula no parlamento.
Seis por meia dúzia
Lula cogitava fazer do trapalhão Alexandre Padilha ministro da Saúde, mas foi advertido que isso o afastaria ainda mais do PP e de Arthur Lira.
Pavimentando caminho
A nomeação de Dr. Luizinho não faria necessariamente do PP e Arthur Lira governistas, mas facilitaria uma aproximação hoje muito prejudicada.
Eleitor é quem manda
O centrão reluta porque, em ano eleitoral, teme ser contaminado pelo desgaste de Lula e não quer desapontar seus eleitores conservadores.
Já vai tarde
A demissão de Nísia seria um alívio no Planalto: sua gestão, muito ruim, é responsável por grande parte do declínio na avaliação do governo Lula.
Rosângela Moro: o bom desse governo é que acaba
A deputada Rosângela Moro (União-SP) faz uma espécie de “jogo do contente” ao avaliar a crise econômica e política do País. Para ela, o lado bom do atual mandato de Lula (PT) “é que tá acabando”. E “não vai durar pra sempre”. A mulher do senador e ex-juiz da Lava Jato Sergio Moro (União-PR) considera, no entanto, que é preciso o País olhar para frente, durante entrevista ao podcast Diário do Poder. Ela vê “descontentamento generalizado” na Câmara com os métodos e o desempenho do governo.
Governo do tapetão
Ela listou derrotas de Lula, como na reoneração, mas lamenta que o petista não respeite decisões do Congresso, recorrendo sempre ao STF.
Sem conversa
“O governo envia a MP [do fim do mundo] da noite pro dia. Pegou todo mundo de surpresa. Não fez articulação”, diz. A MP acabou devolvida.
Ouvidos moucos
Para Rosângela Moro, o PT finge ser aberto ao diálogo e ao debate, mas nunca os promove, fazendo sempre prevalecer seus interesses.
O tabefe é livre
Um dia depois de Arthur Lira apresentar projeto prevendo punição para deputados arruaceiros, o Conselho de Ética arquivou o caso da agressão de Glauber Braga (Psol-RJ) em Abílio Brunini (PL-MT).
Ilha da fantasia
Especialistas em passar pano, o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues, foi escalado para plantar que a relação entre Lula e Haddad não foi afetada, apesar do fracasso da MP do Fim do Mundo.
É bom lembrar
O PT de Lula, atualmente em federação com PcdoB e PV, é apenas a quarta maior bancada da Câmara dos Deputados, atrás de dois blocos do centrão e do PL. Este, sozinho, tem 16 parlamentares a mais.
Preocupação dos jovens
A perda da privacidade é a 2ª maior preocupação (15%) dos estudantes brasileiros com o avanço da inteligência artificial, aponta estudo Preply. Quase empata com a ‘perda de conexão com professores’ (16%).
Sem (mais) furtos
“O parlamento não pode se furtar de fazer o seu trabalho e entender quanto e como seria desviado na operação [da compra de arroz pelo governo Lula]”, defendeu o deputado Mauricio Marcon (Pode-RS).
Influência
Tarcísio de Freitas (Rep) é o melhor cabo eleitoral entre os eleitores de Santos (SP), ao Paraná Pesquisas (SP-07772/2024), 29,9% disseram que “com certeza” votariam na indicação do governador de São Paulo.
Trump avança
Pesquisa Reuters/Ipsos mostra avanço conservador nas eleições dos Estados Unidos. Donald Trump marcou 41% das intenções de voto. Joe Biden ficou para trás, foi escolhido por 39%.
Passos de tartaruga
Faltando seis meses para acabar o ano, a Comissão Mista de Mudanças Climáticas aprovou o “plano de trabalho para 2024”. Única indígena da comissão, a deputada Célia Xakriabá (Psol-MG) nem deu as caras.
Pergunta na Esplanada
Craque do time em rebaixamento é mesmo craque?
PODER SEM PUDOR
Cobras à espreita
Jânio Quadros nunca teve muito apreço por jornalistas. Considerava-os como a serpentes. No final dos anos 1980, prefeito paulistano, ele foi à casa do deputado estadual Fauze Carlos (PTB) para se encontrar com o presidente nacional do partido, Paiva Muniz. Deparou-se com dois jornalistas, que, claro, logo pediram uma “conversa rápida”. “Ah, são só dois?…” Os repórteres se animaram, mas só até ele completar a frase, às gargalhadas: “…e não dá para um comer o outro, e ficar um só?”
(Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos)
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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