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Política Lula vê trapalhadas em série de ministros e “inferno astral” que ofusca conquistas sociais

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Recente mar de crises é culpa dos auxiliares e não do Congresso, reconhece o presidente em conversas reservadas. (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manifestou a auxiliares uma profunda irritação com as trapalhadas em série de sua equipe. Mal passou a ressaca moral da derrubada do veto à saidinha, o governo caiu em mais três crises: a anulação do leilão de arroz por suspeita de irregularidade, a devolução da Medida Provisória (MP) que restringia créditos tributários, e o indiciamento do ministro Juscelino Filho (Comunicações) por suposta corrupção.

Para Lula, esse novo “inferno astral” se deve a erros dos ministros, não à formação do Congresso, e ofusca índices positivos como a queda do desemprego e os anúncios para a reconstrução do Rio Grande do Sul.

E não há culpado único: as queixas, dentro do Palácio do Planalto e também nos corredores do Congresso vão do ministro Fernando Haddad (Fazenda), que fez aposta alta demais com a MP, ao ministro Carlos Fávaro (Agricultura), que fracassou no leilão.

Ninguém, porém, deixará o governo. Não neste momento. Como já informou a Coluna do Estadão, reforma ministerial é assunto para 2025, depois que o presidente conhecer o xadrez eleitoral montado com as eleições municipais e a formação da Mesa diretora de Câmara e Senado.

Em 2016, a então presidente Dilma tentou nomear Lula ministro da Casa Civil para estancar a crise política. Hoje, nem ele tem aparado as arestas. Um senador governista lembrou que Lula era conhecido como “encantador de serpentes”. “Agora, ele parece o encantado”, alfinetou, em anonimato.

É uma crítica ao escanteamento de auxiliares que, nos primeiros governos, tinham autonomia para divergir de Lula e criticá-lo sem meias-palavras, como Gilberto Carvalho, ex-chefe de gabinete, e Luiz Dulci, ex-secretário-geral. Em Brasília, há tempos circula a análise de que o presidente está mal assessorado e, por isso, errado mais que normalmente.

Elogio

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou entrevista coletiva na Suíça para defender Fernando Haddad, e, em meio a turbulências envolvendo o ministro da Fazenda e a discussão da desoneração da folha de pagamentos com o Congresso, dizer que a busca de uma solução cabe agora ao Senado e aos empresários.

Após participar do Fórum Inaugural da Coalizão para Justiça Social, na Suíça, Lula referiu-se a Haddad como “extraordinário ministro” e ponderou que ele se esforçou para encontrar uma alternativa de compensação para a desoneração de 17 setores da economia e municípios de pequeno porte – a MP do PIS/Cofins, devolvida ao Executivo pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

“Agora você tem uma decisão da Suprema Corte que vai acontecer. Se em 45 dias não houver um acordo sobre compensação, o que vai acontecer? Vai acabar a desoneração – que era o que eu queria, por isso que eu vetei naquela época”, lembrou Lula, referindo-se à determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) que pode invalidar a desoneração da folha salarial se o benefício não for compensado por outra fonte de receita.

“Então agora a bola não está mais na mão do Haddad; a bola está na mão do Senado e na mão dos empresários. Encontrem uma solução. O Haddad tentou, não aceitaram. Agora encontrem uma solução”, declarou o presidente.

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https://www.osul.com.br/lula-ve-trapalhadas-em-serie-de-ministros-e-inferno-astral-que-ofusca-conquistas-sociais/ Lula vê trapalhadas em série de ministros e “inferno astral” que ofusca conquistas sociais 2024-06-13
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