Sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 18 de junho de 2024
Mas des Infermières, a propriedade de Ridley Scott de 30 hectares ao pé do Maciço de Luberon, na região central da Provença.
Foto: ReproduçãoSir Ridley Scott explica seu mais novo projeto. Ou melhor, projetos: o cineasta de 86 anos, conhecido por alguns dos filmes mais celebrados de todos os tempos, tem vários projetos no forno. “Já sei quais vão ser meus próximos três”, diz Scott, enquanto toma um café em sua propriedade no Sul da França.
“Gladiador II”, a sequência de seu épico de 2000, tem lançamento mundial em novembro. Os demais são em grande medida secretos, a não ser por um filme biográfico dos Bee Gees, para o qual ele está prestes a iniciar o processo de definição do elenco. “Vai ser um pé no saco”, diz ele rindo. “Todos os filmes são um pé no saco.”
Scott, bem-humorado, afiado e com uma energia invejável, parece ter uma queda por dificuldades. Nos últimos anos, ele foi entrando cada vez mais no desgastante mundo da vinicultura com a Mas des Infermières, sua propriedade de 30 hectares ao pé do Maciço de Luberon, na região central da Provença.
Agora, ele se expandiu para o setor de hospitalidade, após concluir renovações de luxo em três vilas para hóspedes na propriedade – cada uma meticulosamente projetada, com piscinas privativas e vistas para vinhedos que se estendem pelas colinas. Os hóspedes agora podem ficar no local que há décadas tem sido o retiro rural da família Scott, em uma região que é uma das joias do Sul da França menos abarrotadas de gente.
O cineasta comprou o Mas des Infermières em 1992, embora seu gosto pela vida no campo remonte aos anos 70, quando, aos 30 e poucos anos, com uma carreira de sucesso na publicidade televisiva, comprou uma mansão medieval com 9 quartos e 13 hectares na cadeia de colinas Cotswolds, na Inglaterra. “Decidi virar um senhor rural, mesmo sendo um hippie de cabelo comprido e com todos os vizinhos me olhando e franzindo o rosto em desaprovação”, diz ele, apontando para a testa. “Então, ignorei os vizinhos e começamos uma fazenda, e acabamos com 6 cavalos, 60 ovelhas, 50 patos…” Mas não durou.
“Eu amava a vida e os belos Cotswolds, mas sempre estava chovendo”, diz. “Então eu consegui meu primeiro filme quando tinha 40 anos – e uma vez que você está em um filme, a fazenda fica em segundo plano –, então, para meu grande pesar, tive que me livrar dela, e a frustração ficou comigo até 30 anos atrás.” Ele contratou um corretor de imóveis francês com orientações curtas: encontrar algo administrável, em um lugar com clima decente. A busca durou um ano até encontrarem o Mas des Infermières.
Scott não é o único cineasta a entrar no ramo de turismo. Francis Ford Coppola e sua família há muito tempo administram algumas acomodações de luxo pelo mundo, incluindo três em Belize, sendo a mais impressionante o Blancaneaux Lodge, com 20 vilas e cabanas ao longo do riacho Privassion Creej (a US$ 334 para duas pessoas).
No terceiro trimestre, George Lucas e a esposa, Mellody Hobson, abrem o Château Margüi, uma grande propriedade rural com 18 quartos na região de viticultura de Var, na Provença, recentemente convertida em acomodações de luxo (disponível a partir de 145 mil euros por semana). No Reino Unido, Guy Ritchie vem organizando clubes de jantar encabeçados por chefes de cozinha e recebendo hóspedes para passarem a noite em sua propriedade em Wiltshire todos os fins de semana até meados de agosto (a partir de 175 libras esterlinas ou US$ 222, por pessoa).
As três vilas de hóspedes de Scott, perto do vilarejo de Oppède e da cidade medieval de Oppède-le-Vieux, no topo de uma colina, foram totalmente remodeladas. Em termos de estilo, combinam a arquitetura clássica provençal com comodidades modernas, móveis de design avançado e obras de arte contemporâneas. “A inspiração veio de Ridley, que queria que as casas fossem simples no design”, diz Pia Maclean, sua designer de longa data.
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