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Brasil Da cadeia em Brasília, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques presta depoimento como testemunha em processo de homicídio no Rio

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Silvinei Vasques depôs na última quinta-feira (19), em uma sessão do tribunal do júri na Justiça Federal em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. (Foto: Reprodução)

Preso no presídio da Papuda, em Brasília, Silvinei Vasques, diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no governo de Jair Bolsonaro (PL), foi ouvido como testemunha num processo de homicídio no Rio. O depoimento foi na última quinta-feira (19), em uma sessão do tribunal do júri na Justiça Federal em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Silvinei foi ouvido por videoconferência na condição de testemunha acusação.

Ele está preso desde agosto de 2023 por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), acusado de tentar interferir no segundo turno das eleições de 2022 para beneficiar o então presidente Bolsonaro. A sessão do tribunal do júri era para julgar Alex Francisco Moura dos Santos. Ele respondia pela morte do motorista de ônibus Carlos Alberto de Araújo, então com 52 anos, e pela tentativa de homicídio de outras quatro pessoas, entre elas três agentes da PRF.

Os crimes ocorreram durante um intenso tiroteio entre traficantes e agentes da PRF que faziam uma blitz na Via Dutra, na altura de Nova Iguaçu, Baixada Fluminense, na noite de 16 de novembro de 2018. Durante a blitz, os agentes decidiram revistar um Versa com cinco homens. Dentro do carro, foram encontrados fuzis, pistolas e centenas de munição. Os cinco homens foram presos em flagrante. Silvinei Vasques era um dos policiais rodoviários na ocorrência.

Baleado na cabeça

Logo em seguida, os agentes da PRF deram ordem de parar a um Corolla, também com cinco homens, mas o motorista acelerou e os suspeitos começaram a efetuar diversos disparos contra os agentes. Houve confronto e o motorista Carlos Alberto de Araújo, que dirigia um ônibus que passava pelo local, foi baleado na cabeça e morreu. A passageira de um terceiro carro foi baleada na perna. Ela foi socorrida e sobreviveu.

Após o tiroteio, os criminosos que estavam no Corolla conseguiram escapar. Seis dias depois do tiroteio, Alex Francisco Moura dos Santos foi detido ao receber alta do hospital onde se recuperava dos ferimentos causados no confronto. Em depoimento à Polícia Civil, ele confessou que estava no Corolla com quatro comparsas.

“Eles atiraram em rajada. E uma delas era um (fuzil) AK-47. O vídeo mostra a intensidade desses tiros e a forma violenta como eles atacaram não só nós, como todos os demais. A intenção dos dois que estavam atrás era aniquilar o poder do Estado ali. Não sei se a intenção era somente a fuga, mas tinham informes da Polícia Federal é que existiam um comboio com demais veículos. E nós acreditamos que a intenção de nos atacar pra que aqueles que estavam presos ali conseguissem fugir. Mas não tiveram esse êxito. Até porque os criminosos detidos quase morreram também, levaram muito tiro. O tiro ali passou no asfalto, no concreto new-jersey”, contou Silvinei Vasques na sessão do tribunal do júri.

Ao fim da sessão, Alex Francisco Moura dos Santos foi condenado a 14 anos de prisão. Como já estava preso há mais de cinco anos, o restante da pena foi convertido em uso de tornozeleira eletrônica e recolhimento domiciliar noturno. As informações são do G1.

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