Terça-feira, 26 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 24 de junho de 2024
A pequena cidade de 5 mil habitantes, assim como outros municípios do Vale do Taquari, vive uma onda de migração. Na foto, o interior de uma residência
Foto: Bruno Peres/Agência BrasilCerca de 50 dias após a enchente que inundou 80% da área urbana de Muçum, no Vale do Taquari, a cidade teme perder a sua maior indústria, do setor de couro. Os moradores continuam abalados pela tragédia, com medo de novas enchentes, e alguns já decidiram deixar a cidade. Segundo o prefeito Mateus Trojan (MDB), a situação é angustiante.
“A nossa maior empresa, que chega a ter 500 funcionários, está com operação apenas provisória com 80 a 100 funcionários, uma redução bastante brusca. É uma dúvida da cidade se eles vão continuar operando ou não por conta do tamanho do prejuízo e da dificuldade de reconstrução no mesmo lugar. É uma angústia que a gente vivencia hoje”, destacou.
A pequena cidade de 5 mil habitantes, assim como outros municípios do Vale do Taquari afetados pelas enchentes de maio, vive uma onda de migração. Os moradores tentavam se recuperar da grande cheia de setembro de 2023, quando foram atingidos pela nova catástrofe climática do mês passado. Segundo Trojan, as inundações anteriores a setembro de 2023 não causavam grandes prejuízos.
“Era uma cidade considerada segura e sem maiores problemas. Agora, passa a ser de risco praticamente em toda a sua área urbana”, disse o prefeito, acrescentando que a evasão preocupa. “Ou a gente dá uma resposta rápida ou vai ter uma diminuição muito grande da população e dos empreendimentos da cidade”, completou.
A prefeitura tinha reconstruído o muro da sua sede dez dias antes da enchente de maio, que voltou a derrubar a estrutura. O Executivo municipal estima que 30% da área urbana precisará ser realocada. Projeta ainda uma redução de 10% da receita de impostos neste ano.
Reconstrução
Voltar Todas de Rio Grande do Sul