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Brasil Depois de semestre turbulento, Lula vai apostar em viagens para canteiros de obras País afora, onde tentará ajudar aliados nas eleições de outubro

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Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a 3ª Reunião Plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), no Palácio do Itamaraty. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chega ao fim do seu terceiro semestre no governo enfrentando uma espécie de “tempestade perfeita”, nas palavras de um auxiliar. Para tentar reagir no segundo semestre, Lula vai apostar em viagens para canteiros de obras País afora, onde tentará, sobretudo, ajudar aliados nas eleições de outubro.

Em outra frente, a estratégia é intensificar a comparação de sua gestão com a de Jair Bolsonaro, sem citar nominalmente o ex-presidente – como já ocorreu ao menos duas vezes esta semana durante viagem a Minas Gerais – e ampliar acenos ao eleitorado de centro.

Embora tenha anunciado iniciativas de destaque de janeiro a junho, o petista acumulou derrotas no Congresso, viu um ministro ser indiciado pela Polícia Federal (PF) pela primeira vez neste mandato, enfrentou a reação do mercado diante de tropeços na comunicação e teve que lidar com a queda na popularidade.

Nos bastidores, Lula já admitiu a necessidade de retomar bons índices de popularidade para ganhar mais fôlego na tarefa de levar adiante os projetos do governo. Por isso, a sensação de aliados do presidente foi de alívio após a mais recente pesquisa Datafolha, de 18 de junho, quando a rejeição à gestão federal parou de crescer e oscilou dentro da margem de erro, de 33% para 31%. Um ministro que viajou no avião com o mandatário na semana passada afirma que, apesar dos percalços, o petista tenta passar a imagem de que está otimista com os próximos meses.

A pesquisa do Datafolha foi divulgada logo depois daquela que foi considerada por interlocutores do presidente como a semana mais difícil dos 18 meses de governo. Em um intervalo de quatro dias, entre 10 e 14 de junho, Lula precisou lidar com a devolução pelo Congresso de uma Medida Provisória, algo raro na relação entre os Poderes, e ainda teve de cancelar um leilão aberto para comprar arroz após suspeitas de irregularidades.

Constrangimento

Também enfrentou o constrangimento do primeiro indiciamento de um ministro da atual gestão. A PF apontou que há indícios de que o chefe da pasta das Comunicações, Juscelino Filho, fez parte de um suposto esquema de desvios de emendas parlamentares quando ainda era deputado federal. Juscelino, indicado para o posto pelo União Brasil, nega qualquer irregularidade e contesta as investigações.

Diante da repercussão, o presidente fez uma inflexão ao tratar do caso nos últimos dias. Se antes mantinha como indefinida a permanência de Juscelino e falava em presunção de inocência, agora afirma que o auxiliar deve deixar o cargo caso seja denunciado pela Procuradoria-Geral da República.

Essa não seria a única mudança no time ministerial cogitada por Lula para tentar conter outras derrotas nos próximos meses. Interlocutores do presidente afirmam que uma troca de cadeiras no governo, para mexer em áreas que não estão correspondendo às expectativas, pode ocorrer logo após as eleições municipais ou mesmo no início do próximo ano.

Da lista de 48 pautas consideradas estratégicas pelo Planalto para 2024 – 16 listadas como prioritárias, apenas seis tiveram aprovação até agora, como o Programa Mover, de incentivo à indústria automobilística, e a isenção de Imposto de Renda para quem ganha até dois salários mínimos.

As convergências entre Executivo e Legislativo têm se limitado a temas econômicos. Após conseguir aprovar a Reforma Tributária no fim de 2023, em votação histórica, a prioridade do governo é a regulamentação do novo sistema de impostos do país. Os grupos de trabalho que discutem os projetos na Câmara devem entregar os relatórios finais na quarta-feira, quando os textos já poderão ir à votação.

Enquanto tenta avançar com a reforma, Lula é pressionado pelo mercado e por parlamentares para promover um ajuste nas contas públicas por meio de cortes de gastos, e não apenas aumentando a arrecadação, estratégia adotada até agora. Em abril, oito meses após aprovar o novo arcabouço fiscal, o governo precisou reduzir a meta fiscal de 2025, passando de um crescimento de 0,5% para zero.

Auxiliares do presidente também esperam que as ações do governo federal após as enchentes no Rio Grande do Sul reflitam positivamente em sua popularidade em breve. “As políticas levam tempo até serem maturadas e chegar nas pessoas. Isso agora começa acontecer de forma intensa”, prevê o ministro Paulo Pimenta, que comanda a pasta da Reconstrução do RS. As infromações são do O Globo.

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