Segunda-feira, 10 de março de 2025
Por Redação O Sul | 3 de julho de 2024
Levantamento realizado pelo jornal “O Estado de São Paulo” classificou o empresário Roberto Argenta (PSC) em sétimo lugar no ranking dos dez políticos mais ricos do Brasil, embora ele esteja afastado dessa última atividade. Prestes a completar 72 anos (em agosto), ele tem uma fortuna pessoal de R$ 372,9 milhões, conforme declaração de patrimônio à Justiça Eleitoral.
Foram levados em conta na relação divulgada pelo periódico apenas indivíduos com candidatura deferida nas eleições de 2020 (prefeitos e vereadores) e 2022 (deputados estaduais e federais, senadores, governadores e presidente da República). No mesmo pleito que daria o segundo mandato a Eduardo Leite à frente do Palácio Piratini, Argenta ficou em 5º lugar, com 126.889 votos (cerca de 2%).
Nomes, partidos e fortunas pessoais
1º) Marcos Ermírio de Moraes (PSDB): R$ 1,2 bilhão.
2º) Paulo Octávio Alves Pereira (PSD): R$ 618,8 milhões.
3º) Luiz Osvaldo Pastore (MDB): R$ 453,5 milhões.
4º) Ailson Souto da Trindade (PP): R$ 448,4 milhões.
5º) Antídio Aleixo Lunelli (MDB): R$ 390 milhões.
6º) Otaviano Olavo Pivetta (Republicanos): R$ 378,8 milhões.
7º) Roberto Argenta (PSC): R$ 372,9 milhões.
8º) Vittorio Medioli (PSD): R$ 351,7 milhões.
9º) João Gonçalves Filho (PSDB): R$ 351,5 milhões.
10º) Teobaldo Luís da Costa (DEM): R$ 341,2 milhões.
Trajetória
Natural de Gramado (Serra Gaúcha), Roberto Argenta é formado em Ciências Contábeis pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e tem três filhos. Em 1975 iniciou a trajetória empresarial que o projetaria, como dono de uma fábrica de calçados posteriormente denominada “Beira Rio” e que hoje exporta para 97 países.
No final da década de 1970 se filiou ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB), partido de oposição ao regime militar (1964-1985) e que se tornou PMDB com a reabertura política. Também teve envolvimento com atividades comunitárias e entidades de classe.
Elegeu-se prefeito em 1988 e vereador (mais votado) em 1992. Depois migrou para o PFL, conquistando nas urnas uma vaga na Câmara dos Deputados em 1998. Sem obter um novo mandato, presidiu entre 2004 e 2006 a Companhia de Processamento de Dados do Estado do Rio Grande do Sul (Procergs).
Há três anos, retornou ao MDB (que reassumira a nomenclatura original). Sem apoio interno para planos mais ambiciosos (como uma eventual candidatura ao governo gaúcho), transferiu-se para o Partido Social Cristão (PSC), pelo qual disputou o comando do Palácio Piratini na eleição de 2022, mas não passou do primeiro turno: ficou em 5º lugar, com 2% da preferência do eleitorado.
(Marcello Campos)
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