Terça-feira, 04 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 7 de julho de 2024
A cidade de Balneário Camboriú, no litoral de Santa Catarina, recebeu nesse final de semana nomes importantes do cenário político nacional e internacional. O ex-presidente Jair Bolsonaro e o presidente da Argentina, Javier Milei, foram os nomes mais aguardados de um evento que é considerado conservador.
O CPAC (Conservative Political Action Conference) nasceu nos Estados Unidos no ano de 1974, em meio a um dos momentos históricos mais complexos do País. Após a revelação por parte do jornal The New York Times do que ficou conhecido como “Escândalo de Watergate”, a América enfrentava a iminente possibilidade de ver o presidente Richard Nixon sofrer um impeachment. Nixon, no entanto, renunciou à Presidência em agosto daquele mesmo ano.
O presidente republicano ficou conhecido por suas ações antidemocráticas, uma vez que utilizava de meios ilegais, como a espionagem, para combater seus adversários. A sua renúncia e a gestão de Nixon durante os dois anos em que esteve na Casa Branca, o renderam o título de “o presidente mais controverso da história dos Estados Unidos”.
O contexto da época era de uma polarização constante, baseada no crescimento dos embates entre os movimentos sociais de luta dos afro-americanos e os conservadores. O CPAC surgiu como um dos movimentos ligados ao conservadorismo, reunindo lideranças e buscando a “defesa da Constituição”.
Ao longo da sua história, o CPAC reuniu grandes personagens da direita conservadora americana como os ex-presidentes Ronald Reagan, George W. Bush e Donald Trump.
Chegada no Brasil
Em 2019, o evento foi trazido ao Brasil por uma iniciativa do Deputado Federal Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro. A organização do evento só permite a participação de “membros do Instituto Conservador-Liberal”, e a quinta edição – que ocorreu nesse final de semana – foi no Expocentro, de forma presencial, mas com transmissão virtual disponível na plataforma do evento.
Entre os palestrantes do evento estão: Jair Bolsonaro (ex-presidente do Brasil), Javier Milei (presidente da Argentina), Guilherme Derrite (ex-Secretário de Segurança Pública de São Paulo); Eduardo Bolsonaro (Deputado Federal), Nikolas Ferreira (Deputado Federal), Jorginho Mello (Governador de Santa Catarina), Julia Zanatta (Deputada Federal) e Caroline de Toni (Deputada Federal).
Na abertura do evento, Bolsonaro, que não falou sobre o indiciamento sobre as joias, disse “estar à disposição” para ser entrevistado por duas horas, “sem edições e manipulações”, e “discutir sobre qualquer assunto”.
“Sem falar o nome (dos veículos), mas a imprensa que me critica, aquela grande imprensa, mais uma vez, estou à disposição de vocês para duas horas, ao vivo, ser sabatinado, sobre qualquer coisa”, disse Bolsonaro ao público.
“Se acham que vão me desgastar, as mídias sociais nos deram a liberdade, por isso querem censurar”, completou. “Repito, estou à disposição por duas horas, para discutir sobre qualquer assunto, ao vivo, sem edições e manipulações”, reforçou.