Terça-feira, 26 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 1 de janeiro de 2016
Quando chegou à idade certa, em Cuba, José Angel Sánchez se inscreveu na faculdade de medicina pelas razões mais comuns: para ajudar os doentes e viver melhor do que a maioria dos habitantes de sua pobre cidade no Leste. Mas também tinha outro motivo em mente. “Era uma maneira de sair de Cuba”, explica Sánchez, de 29 anos, que se mudou para os EUA em setembro, quatro anos depois de se formar.
A rota de fuga de Sánchez foi desenhada pelo governo americano, sob um programa de 2006 que oferece residência nos EUA a trabalhadores de saúde cubanos no exterior. É uma porta pela qual milhares de profissionais emigraram e que o presidente Raúl Castro está determinado a fechar.
Um ano depois que os países anunciaram seu reatamento, leis como essa, que lembram uma era hostil, mostram que a diplomacia não será tão fácil quanto hastear as bandeiras nas embaixadas. O número de médicos que pediram asilo nos EUA atingiu o recorde, forçando Cuba a se mexer para acabar com o êxodo.
O Departamento de Segurança Interna cubano autoriza rapidamente a residência para os profissionais de saúde cubanos que fogem de seu país. Mas o processo está cada vez mais lento devido à quantidade de inscrições, às acusações de fraude e à lentidão. (AG)