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Mundo Presidente dos Estados Unidos teve desempenho superior ao do debate, mas gafes roubaram a cena

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O presidente dos Estados Unidos discorreu com fluidez sobre temas áridos, cometeu gafes e sussurrou em algumas respostas.

Foto: Reprodução
O presidente dos Estados Unidos discorreu com fluidez sobre temas áridos, cometeu gafes e sussurrou em algumas respostas. (Foto: Reprodução)

Na entrevista coletiva de uma hora travestida num angustiante teste de cognição, Joe Biden deu provas de que não arreda pé de sua candidatura à reeleição — “sou o mais qualificado para o trabalho” — apesar das deserções de seus partidários. O presidente dos Estados Unidos discorreu com fluidez sobre temas áridos, cometeu gafes e sussurrou em algumas respostas, numa atmosfera marcada pelo constrangimento de seus espectadores.

Seu desempenho, sem dúvida, superou o do debate catastrófico há 15 dias com Donald Trump, mas é suficiente para estancar a sangria no Partido Democrata? Biden pode ter ganhado mais tempo para tentar reverter o estrago em sua campanha, mas o apoio de seu partido vem se reduzindo drasticamente. As gafes, que sempre foram uma marca registrada do presidente, agora são vistas por outro prisma — o do declínio cognitivo. Biden se referiu a Kamala Harris como o vice-presidente Donald Trump, pouco tempo depois de ter apresentado Volodymyr Zelensky como o presidente Putin.

O mundo agora olha para esses deslizes pela lente da dúvida sobre a capacidade do presidente, de 81 anos, de cumprir mais quatro anos à frente da Casa Branca. Biden minimizou a inquietação no Capitólio, onde 17 congressistas pediram publicamente que ele desista da candidatura.

“Eu acho que sou o mais qualificado para vencer. Há pessoas que também podem derrotar Trump, mas seria começar do zero”, ponderou. Imediatamente após a coletiva, o deputado Jim Himes, principal democrata do Comitê de Inteligência da Câmara, defendeu que o presidente abandone a disputa.

Até agora, as ofensivas da campanha de Biden para atenuar os estragos do debate não surtiram o efeito desejado. Ao contrário. Um artigo do ator George Clooney, pedindo que ele deixe a corrida eleitoral, e relatos sobre a atuação nos bastidores do ex-presidente Barack Obama e da ex-presidente da Câmara Nancy Pelosi atiçaram fogo ao pessimismo democrata.

A entrevista de Biden serviu basicamente como um julgamento de suas aptidões e expôs a encruzilhada de sua candidatura. Daqui por diante, suas aparições terão o mesmo objetivo: a busca de sinais do avanço da idade e do declínio cognitivo, a despeito da experiência de meio século de serviço público.

A forma como o presidente se apresenta passou a importar mais do que o seu conteúdo, e essa realidade, por si só, deixa poucas opções para a sustentação de sua candidatura.

As informações são do blog da Sandra Cohen, do G1.

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