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Política O diretor-geral da Polícia Federal condenou as críticas sofridas nas redes sociais pela corporação

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Andrei Passos Rodrigues, criticou nesta sexta-feira (12), o "método de disseminação em massa de mentiras".

Foto: José Cruz/Agência Brasil
O diretor-geral da PF, na foto, afirmou que não há relação dessa decisão com a investigação sobre as joias relacionadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro. (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

Em meio ao impacto da Operação Última Milha, que mira a atuação de uma “Abin paralela”, o diretor-geral da Polícia Federal, delegado Andrei Passos Rodrigues, criticou nesta sexta-feira (12), o “método de disseminação em massa de mentiras” e a “instrumentalização criminosa de provedoras de redes sociais”.

À plateia de policiais federais presentes à posse do novo superintendente regional da PF em São Paulo, delegado Rodrigo Sanfurgo, e ao lado do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, o diretor-geral do órgão enfatizou.

“Temos a obrigação de lutar contra a normalização desse estado de coisas. Não podemos deixar jamais que o crime e a impunidade sejam aceitos como intrínsecos à nossa sociedade”, disse Andrei.

A “Abin paralela”, conforme as investigações, operou durante o governo de Jair Bolsonaro, com o monitoramento de ministros do STF, entre eles o próprio Moraes, e a divulgação de fake news sobre pessoas consideradas opositoras do Palácio do Planalto.

Andrei também reagiu ao que chamou de “vis, infundados e covardes ataques” contra a sua instituição e os servidores. As hostilidades à PF, afirmou, precisam ser repelidas “com vigor e com o rigor das leis e do sistema de justiça criminal”.

Ele não citou nomes de quem dirige ofensas à PF, mas seu recado foi endereçado a críticas sofridas nas redes sociais pela corporação a partir dos resultados da investigação que culminou no indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no inquérito das joias sauditas.

O delegado Rodrigo Luis Sanfurgo de Carvalho, que tomou posse nesta semana como superintendente regional da Polícia Federal em São Paulo, defendeu o uso de “ferramentas modernas” e da inteligência artificial, além de “medidas corajosas e arrojadas”, para combater a criminalidade e suas “raízes profundas, que remontam ao período colonial”.

“Não há soluções fáceis, muito menos rápidas ou milagrosas neste contexto”, anotou Sanfurgo. Aos 49 anos de idade, ele ingressou na PF em 2007. É policial especializado em investigações sobre crimes financeiros. Ele destacou “situações complexas” que o País tem enfrentado – tráfico de drogas, crimes contra as instituições, expansão de facções e crimes por meio de “redes de ódio” – e colocou a criminalidade como um dos principais problemas do Brasil.

“Apesar dos visíveis avanços na organização das nossas forças de segurança, atravessamos tempos desafiadores”, alertou. “A criminalidade persiste como um desafio.”

O novo chefe da PF em São Paulo fez um aceno ao ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, que foi à posse. Sanfurgo pregou a integração das forças policiais no Sistema Único de Segurança Pública. “Unindo esforços e compartilhando informações, seguiremos enfrentando as ameaças de forma coordenada.”

 

 

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