Domingo, 09 de março de 2025
Por Redação O Sul | 14 de julho de 2024
Algumas das pessoas presentes ao evento onde ex-presidente americano Donald Trump sofreu tentativa de assassinato afirmam ter visto o atirador antes das forças de segurança. Os policiais teriam ignorado os avisos. Sua aparição no final da tarde de sábado (13) começou da mesma forma que geralmente começam muitos comícios políticos realizados pelo candidato à presidência Trump.
Em uma noite quente de verão em uma feira agrícola na cidade de Butler, Pensilvânia, com cerca de 13 mil habitantes, Trump tinha acabado de começar a falar sobre os perigos da migração. Em seguida, foram ouvidos tiros. “Soube imediatamente que algo estava errado quando ouvi um zumbido, tiros e imediatamente senti a bala rasgando a pele”, escreveu Trump em sua mídia social Truth Social, depois de receber alta do hospital. Sua orelha superior direita foi atingida. “Houve muito sangramento”, observou o ex-presidente.
Dave McCormick, o candidato republicano ao Senado na Pensilvânia, estava sentado no palco com Trump. “Todos se ajoelharam ou ficaram de bruços (…) todos [estavam] se dando conta do fato de que eram tiros”, disse ele à agência de notícias Associated Press (AP).
McCormick também disse que viu um espectador que estava sentado nas fileiras de assentos atrás do palco e que havia sido atingido. As autoridades dizem que um homem foi morto e duas outras pessoas foram feridas por um atirador. O atirador foi morto por agentes de segurança.
“Ele [Trump] estava falando sobre imigração”, disse Blake Marnell, 59 anos, membro da plateia, ao jornal britânico The Guardian. “Eu estava assistindo ele falar e então ouvi alguns barulhos”. Marnell diz que só percebeu que se tratava de tiros quando viu a reação dos agentes do Serviço Secreto.
Outro homem na multidão, Shane Chesher, 37 anos, disse à agência Reuters que, a princípio, também pensou que fossem fogos de artifício. “Parecia pop, pop, pop”, disse Chesher. “Pensei que fosse uma brincadeira, como fogos de artifício. Depois, vi a situação se tornar real muito rapidamente quando o presidente Trump caiu e o Serviço Secreto veio, e mais tiros foram disparados… todos começaram a entrar em pânico. Foi um caos”. Chesher começou a orar e diz que outras pessoas ao seu redor se juntaram a ele, o que “deu muita paz às pessoas”.
Várias pessoas parecem ter visto o atirador antes das forças de segurança. Greg Smith, que estava do lado de fora do local do comício ouvindo Trump falar, disse a um correspondente da BBC que viu um homem “rastejando” em estilo militar no telhado de uma fábrica próxima. “Ele estava claramente segurando uma arma”, observou Smith.
Smith disse que chegou a chamar a atenção da polícia para o fato, mas eles pareceram ignorar seus avisos. Smith sugeriu que a inclinação do telhado os impediu de ver o atirador. “Estou pensando comigo mesmo: ‘Por que Trump ainda está falando? Por que não o tiraram do palco?'” disse Smith. “A próxima coisa de que você fica sabendo é que cinco tiros foram disparados.”
Outro homem, Ben Maser, 41 anos, também estava do lado de fora do comício quando notou o homem no telhado. “Eu vi o cara no telhado. Falei para o policial que ele estava lá em cima. Ele saiu para procurá-lo”, disse Maser à agência Reuters.
O jornal The New York Times relatou que algumas pessoas na multidão notaram então que os atiradores de elite da polícia estavam no topo de um celeiro, tornando-se ativos pouco antes do início dos tiros. Craig Cyrus, 54 anos, participante do comício, disse ao jornal americano que viu os atiradores usando seus binóculos. “Em seguida, eles pegaram suas armas”, disse ele.
Tiro na cabeça
“Quando os tiros começaram, houve uma certa confusão”, disse Sid Miller, comissário do Departamento de Agricultura do Texas, que estava no comício, ao The New York Times. “Mas quando as pessoas perceberam o que estava acontecendo, caíram no chão.”
Miller estava a apenas cerca de dez metros do palco e contou como, enquanto Trump estava sendo protegido por agentes do Serviço Secreto, as pessoas na multidão se abaixaram para se proteger. Os policiais gritavam para que as pessoas se abaixassem. “Alguns ficaram olhando em volta, tentando descobrir de onde vinham os tiros”, observou Miller. Os repórteres que cobriam o evento disseram que se abrigaram embaixo de mesas. As informações são do Terra.