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Variedades Dia do Amigo: maioria dos brasileiros desabafam mais com suas amizades do que com parceiros

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Temas mais comuns vão das questões profissionais aos planos para o futuro. (Foto: Reprodução)

Se, mesmo durante um relacionamento amoroso, você prefere manter certas confidências apenas com suas amizades, saiba que não está só. É que, durante uma pesquisa em celebração ao Dia do Amigo, a maioria dos brasileiros revelaram desabafar muito mais com os amigos do que com seus parceiros e parceiras (36,4%) – seja em relação aos dilemas de trabalho, questões familiares ou planos para o futuro.

Os dados são da Preply, plataforma que, nas últimas semanas, pediu que entrevistados de todas as regiões revelassem detalhes sobre como se relacionam com seus círculos de amizades, entre os assuntos preferidos entre os confidentes, os apelidos carinhosos para se referir aos “camaradas” e os espaços mais propícios para desenvolver futuras relações de confiança.

Durante o levantamento, cerca de 87% dos respondentes compartilharam bater papo com os “brothers” e “migas” diariamente ou algumas vezes por semana, em geral via aplicativos de mensagens como o Telegram e Whatsapp (86,2%). Na visão dos ouvidos, seriam três os assunto principais abordados nas conversas com seus amigos: tópicos profissionais (55,6%), lazer e entretenimento (53,2%) e atualizações sobre a vida diária (50,6%).

Brasileiros desabafam mais com amigos do que com parceiros

Fofocas, desabafos, pedidos de conselhos… sendo os diálogos a base de qualquer amizade dentro e fora do Brasil, não surpreende que, durante o estudo, os brasileiros tenham compartilhado tantos detalhes sobre os bate-papos que costumam ter com seus amigos – na opinião da maior parte dos entrevistados (36,4%), o círculo social com quem mais desabafam, à frente dos parceiros amorosos (32,2%) e da própria família (21,2%).

A regularidade das conversas, ao que tudo indica, é um ponto importante: cerca de 9 em cada 10 respondentes disseram interagir com seus colegas semanalmente ou todos dias, geralmente por meio de mensagens em apps como o Whatsapp e o Telegram (86,2%). Mesmo com suas praticidades, contudo, o digital divide espaço com os encontros presenciais, que seguem como os preferidos de 42,4% para matar a saudade dos queridos amigos.

Ora, mas o que renderia tanto assunto para conversas que surgem nas redes sociais, se transformam em videochamadas e muitas vezes terminam nas mesas de bar? Provando que tudo vira assunto quando se está com alguém tão especial, os temas mais comuns nas conversas entre amigos não poderiam ser mais variados e passam por questões profissionais (55,6%), memes (45,2%) e indicações de filmes, livros e séries (53,2%).

Tão variados quanto os temas mais presentes nessas conversas são, ainda, os famosos apelidos e abreviações para se referir a um amigo no Brasil – “migo” (48,4%) sendo o mais comum entre elas, “irmão” (36,2%), o mais comum entre eles. Além dos dois, aparecem ainda, de forma geral, termos como “mano” (27,8%), “cara” (21%) e até mesmo “vey” (14,8%).

Ambiente profissional é onde mais se faz novas amizades

Aparentemente, quem pensa que o ambiente profissional não é um bom lugar para se abrir com outras pessoas não poderia estar mais enganado: para 53,4% dos entrevistados, esse é, na realidade, o local onde mais tendem a fazer amigos hoje em dia, ao lado dos eventos sociais (33,8%) e a escola ou universidade (31,6%).

Mesmo com os espaços acima contrariando uma impressão geral – a de que círculos de amizades normalmente se desenvolvem fora dos estudos ou trabalho –, outros deles também foram eleitos os ideais para quem deseja conquistar novos parceiros para a vida, como os centros religiosos (28,6%), a internet (26,8%) e a academia (22,4%). Ou seja: pelo visto, opções (e oportunidades) não faltam.

Despreocupados com o lugar, o que vai ditar o sucesso da amizade é, segundo os respondentes, as características e valores que a sustentarão ao longo do tempo, entre os quais se destacariam a honestidade (76%), respeito (69,2%), lealdade (59,6%), bom humor (56%) e empatia (45,2%).

Traição, inveja, falta de apoio: e quando a amizade chega ao fim?

Embora não seja tão simples admitir para si mesmo, muitas vezes, é preciso aceitar: sim, aquela amiga de tantos anos está começando a deixar de fazer sentido, possivelmente prestes a chegar ao fim. Mas, afinal, por que isso acontece?

As experiências dos entrevistados podem até não responder, mas sem dúvidas ajudam a esclarecer tal questão. Isso porque, para 58% deles, o motivo número um que os faria dar adeus a um antigo amigo seria a falta de confiança, ao lado de comportamentos semelhantes como a inveja (39%) e traição (52,6%) – não raramente, interligados a depender da situação.

Isso não significa, de toda forma, que os respondentes atrelem o rompimento apenas a atitudes nocivas, como mostra o estudo. Na verdade, para 4 em cada 10 ouvidos, às vezes o fim se torna apenas uma consequência do distanciamento natural entre duas pessoas (42,6%), seja devido à falta de tempo ou priorização (13,8%), diferenças de valores ou interesses diferentes (31,2%).

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