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Geral Apagões globais devem se repetir no futuro, alertam especialistas

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Especialistas disseram que poderá levar dias até que organizações que possuem milhares de computadores corrijam as falhas. (Foto: Reprodução)

É muito provável que o apagão cibernético global que afetou aeroportos, bancos, hospitais e redes de televisão mundo afora se repita, dizem os especialistas em cibersegurança. Ainda não é possível calcular o tamanho do prejuízo dessa pane para os negócios, para os consumidores, muito menos para as marcas, sendo entre elas, a Microsoft a mais atingida. No entanto, uma coisa é certa, na avaliação dos experts, o incidente levará a um aumento na contratação de sistemas redundantes, de exigências das seguradoras, e tudo isso se refletirá em aumento de custos para as companhias.

“É provável que outros apagões aconteçam. Além da questão da governança e do problema de erro humano, nós temos uma guerra cibernética que está sendo travada hoje entre os países que ,pode provocar grandes indisponibilidades em infraestruturas críticas. Nesse mundo hiperconectado, nós precisamos se preparar para suportar esse tipo de falha. Há algumas estratégias como manter alguns servidores locais das empresas, de forma que se o servidor de nuvem falhar, tenha uma cópia local na empresa. Outra é ter servidores de provedores diferentes. Dessa forma, se um provedor falhar, por exemplo, Microsoft, eu posso ter um outro provedor de serviço que possa suprir as minhas necessidades. Outra ação importante é o monitoramento de falhas. Tudo isso aumenta custo”, explica Guilherme Neves, especialista em tecnologia da informação e professor do Ibmec.

Renato Lucas, diretor comercial de segurança da informação do Peers Group, empresa especializada em tecnologia, negócios e cibersegurança, acredita que as seguradoras devem ser um dos grandes propulsores para que se incluam camadas extras de seguranças e testes para as necessárias atualizações dos softwares, para evitar que uma falha como a que ocorreu nessa sexta-feira possa ter a mesma proporção:

“É incalculável o prejuízo provocado por essa pane. As seguradoras com certeza terão que arcar com boa parte dessa conta, mas há ainda a questão da perda para as marcas e outros danos não são possíveis se estimar seja para o cliente final, aquele com CPF, quanto para a empresa contratante do sistema que saiu do ar. A pressão também virá desses clientes. O que aconteceu hoje deve criar novos parâmetros de segurança para atualizações, além dos que já existem. As atualizações acontecem diariamente e lógico podem ser um risco para outros apagões, não realizá-las, no entanto, também colocaria os sistemas vulneráveis a ataques, além do necessário upgrade praticamente permanente de tecnologia. Atuar antecipadamente é importante”, explica Lucas.

Se a tendência é de contratação de sistemas redundantes, no entanto, a diversificação de fornecedores masters de tecnologia, como é o caso da Microsoft e outras big techs, é difícil que venha acontecer, avalia João Netto, diretor de tecnologia e segurança da informação do Peers Group:

“Em um mundo hiperconectado o avanço da inovação tecnológico é usado em escala pelas grandes empresas e isso tende a continuar ser feito pelas big techs, são elas que têm a maior capacidade de investir, inovar e fornecer sistemas globais. Isso não deve mudar, mas a pressão sobre elas, certamente será maior.”

Caitlin Mulholland, diretora do Departamento de Direito e coordenadora do Mestrado Profissional Direito Civil da PUC-Rio, chama atenção para o fato que, para além dos problemas como o que causaram o apagão global, há um aumento exponencial de ataque cibernéticos a sistemas de segurança:Olhando para frente, a gente tem uma questão, realmente, de reputação de negócios. Aqueles que não tiverem a segurança do sistema minimamente adequada podem ser atingidos em sua reputação. Por outro lado, a proteção de dados pessoais traz uma outra camada de preocupação, que é o fato de que, com os ataque cibernéticos, qualquer pessoa pode usar os dados das maneiras mais diferentes, desde abertura de crédito bancária, fraude bancária até questões mais complexos como uso político.” As informações são do jornal O Globo.

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