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Variedades Há 55 anos, o homem chegava à Lua; saiba o que é verdade e o que é mito

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Astronauta Harrison H. Schmitt coleta amostras da superfície lunar durante a missão Apollo 17. (Foto: Nasa)

A missão Apollo 11 comemorou 55 anos do pouso na Lua que possibilitou a primeira caminhada de humanos ali — um fato que moldou a história da nossa civilização. Neil Armstrong foi o primeiro astronauta a sair da cápsula da missão Apollo 11, seguido por Edwin “Buzz” Aldrin; dessa forma, os norte-americanos foram considerados vencedores da corrida espacial contra a União Soviética.

“Estima-se que 650 milhões de pessoas assistiram à imagem televisiva de Armstrong e ouviram sua voz descrever o evento enquanto ele dava “um pequeno passo para um homem, um salto gigante para a humanidade”, descreve a Nasa.

Isso aconteceu durante um processo longo e custoso, tanto que a Nasa demorou oito anos para completar a meta de estabelecer presença em solo lunar. Originalmente, o ex-presidente John F. Kennedy anunciou o plano de pousar na Lua durante um famoso discurso realizado em 1961, mas o momento só se concretizou em 1969 — Kennedy foi assassinado antes disso e não conseguiu presenciar o momento histórico.

Tanto antes quanto depois, ocorreram diversos fatos que possibilitaram que a história acontecesse como a conhecemos. Ao todo, 12 astronautas puderam experimentar uma caminhada no solo da Lua. Contudo, a missão Apollo foi cancelada em 1972 e, há mais de 50 anos, não retornamos ao satélite natural.

A Nasa (agência espacial dos Estados Unidos) já planejou um retorno à superfície da Lua em 2026, durante a missão Artemis III. Inclusive, a agência espacial norte-americana tem a pretensão de construir uma base lunar para proporcionar uma melhor exploração. A China também planeja estabelecer presença no satélite por meio da missão Chang’e-6.

Verdades

O programa Apollo começou em 1960 com o objetivo de enviar o primeiro ser humano para a superfície da Lua. Antes do sucesso alcançado pela Apollo 11, ocorreram diversos testes e voos tripulados experimentais que possibilitaram a primeira caminhada lunar.

Outros quatro voos tripulados antecederam o célebre acontecimento de 1969: o primeiro foi o da Apollo 7, durante um teste na órbita terrestre; seguido pela Apollo 8, na qual os astronautas orbitaram a Lua pela primeira vez; na Apollo 9, o módulo lunar estava completo e foi testado na órbita da Terra; na Apollo 10, os astronautas simularam um pouso lunar. Todas essas missões foram essenciais para validar a tecnologia que permitiu o primeiro pouso no satélite.

A nave alunissou (fez um pouso lunar) na região conhecida como Mar da Tranquilidade (Mare Tranquillitatis). Apenas três dias depois, eles retornaram com sucesso à Terra.

Mais dez astronautas foram enviados para a superfície da Lua nas missões Apollo 12, Apollo 14, Apollo 15, Apollo 16 e Apollo 17. Apenas a Apollo 13 não conseguiu completar o objetivo, pois ocorreu um desastre na nave que obrigou os astronautas a retornarem para a Terra o mais rápido possível — eles quase morreram durante a viagem de volta.

Mitos

Após o anúncio do primeiro pouso lunar, diversas teorias conspiratórias surgiram e alegaram que a humanidade não havia realmente pisado na Lua, sugerindo que tudo foi uma farsa elaborada para que os Estados Unidos vencessem a corrida espacial. Para tentar validar seus argumentos, os conspiracionistas criaram diversas inverdades — algumas até acabaram se tornando parte da cultura pop.

Uma das hipóteses sugere que o pouso na Lua foi filmado em um estúdio de cinema, onde o renomado diretor Stanley Kubrick teria sido o responsável pela direção da obra.

Conheça algumas mentiras sobre a primeira caminhada lunar:

Em uma imagem fotografada por Neil Armstrong, os conspiracionistas afirmam que as sombras observadas na foto só poderiam ser produzidas por iluminação artificial. Porém, os cientistas já explicaram que o efeito é comum e pode até ser reproduzido na Terra.

Após analisarem as imagens da bandeira norte-americana cravada na superfície lunar, os teóricos de conspiração sugerem que o vento causou um movimento singular no tecido, algo que seria impossível na Lua. Os especialistas explicam que a estrutura da bandeira foi desenvolvida para permanecer nessa posição, por isso aparenta se movimentar.

Existem ainda diversos outros mitos que sugerem a falsidade da viagem à Lua, mas a comunidade científica vem rebatendo com argumentos tais alegações.

 

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