Quinta-feira, 16 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 22 de julho de 2024
Após troca de ministros no primeiro semestre, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve passar por mais uma mudança neste ano, com potencial de impactar diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Com o fim do mandato do ministro Raul Araújo, em setembro, Bolsonaro perde na Corte eleitoral o ministro que votou pela sua absolvição nos dois processos que o tornaram inelegível até 2030.
Araújo integra a ala mais “conservadora” da Corte, formada por Isabel Gallotti, Nunes Marques e André Mendonça, os dois últimos indicados por Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal (STF) em 2020 e 2021. O ministro é o atual corregedor-geral da Justiça Eleitoral, função que exerce até 6 de setembro deste ano.
Ao assumir o cargo, Araújo herdou acervo de dez ações contra o ex-presidente, deixado pelo antecessor Benedito Gonçalves. Até aquele momento, ele já havia votado a favor de Bolsonaro nos processos sobre a reunião com diplomatas no Palácio da Alvorada, em julho de 2022, e por abuso de poder político e econômico e conduta vedada por usar as comemorações do Sete de Setembro de 2022 para fazer campanha.
O ministro Antonio Carlos Ferreira, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), assumirá a cadeira deixada por Araújo em setembro. Indicado ao STJ pela então presidente Dilma Rousseff (PT), em 2011, assume a vaga titular da qual era suplente. Ao contrário de Araújo, Ferreira votou pela punição do ex-presidente nos dois processos.