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Geral China e Japão tentam reduzir atrito diplomático

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As relações entre a China e o Japão estão em um estágio crítico, disse o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi. (Foto: Reprodução)

As relações entre a China e o Japão estão em um estágio crítico, disse o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, à sua colega japonesa na sexta-feira (26), enquanto os dois discutiam questões espinhosas, incluindo cidadãos japoneses detidos na China, proibições de importação de alimentos e restrições de semicondutores.

Wang encontrou-se com Yoko Kamikawa, do Japão, à margem de uma reunião de ministros das Relações Exteriores organizada pelo bloco do Sudeste Asiático, Asean, no Laos, antes da Cúpula do Leste Asiático, neste sábado (27), e do Fórum Regional Asean, voltado para a segurança.

As relações entre os vizinhos têm sido tensas nos últimos anos por causa de questões que incluem reivindicações territoriais, tensões comerciais e a raiva de Pequim em relação à decisão de Tóquio de liberar no mar água tratada da usina nuclear de Fukushima.

Porém, nos últimos meses, autoridades chinesas e japonesas retomaram várias conversas consultivas pela primeira vez em anos, sinalizando que os laços podem estar em uma base mais estável.

“As relações entre a China e o Japão estão atualmente em um ponto crítico: avançar ou deixar para trás”, disse Wang a Kamikawa, de acordo com um relato das conversas divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores da China.

“A política da China em relação ao Japão sempre manteve a estabilidade e a continuidade. Espera-se que o lado japonês estabeleça uma percepção objetiva e correta da China e busque uma política positiva e racional em relação à China.”

Em suas primeiras conversas individuais em oito meses, Kamikawa pediu com veemência a retirada das restrições de importação impostas por Pequim aos produtos alimentícios do Japão após a liberação de água em Fukushima.

Ela também pediu a libertação antecipada dos japoneses detidos na China. A prisão de um executivo da farmacêutica japonesa Astellas Pharma na China, no ano passado, teve o que algumas autoridades de Tóquio descreveram como um efeito considerável de arrefecimento nos negócios, contribuindo para uma queda nos investimentos estrangeiros e um êxodo de expatriados japoneses.

“É extremamente importante criar um ambiente no qual os cidadãos japoneses e as empresas japonesas possam operar na China com tranquilidade”, disse Kamikawa a Wang, de acordo com um relato divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores do Japão.

O Japão, um aliado próximo dos Estados Unidos, juntamente com outros países do G7, tem procurado se desvencilhar de seus vínculos econômicos com a China em áreas estratégicas e se alinhado com os EUA nas restrições em andamento para limitar o acesso de Pequim a semicondutores avançados.

Kamikawa disse a Wang que as restrições de exportação de semicondutores do Japão não visam nenhum país específico e que o Japão está disposto a manter uma comunicação construtiva sobre a questão com a China, de acordo com a divulgação chinesa. As informações são da agência de notícias Reuters.

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