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Economia Preço médio da refeição completa fora do lar ultrapassa R$ 50; confira o ranking por regiões e capitais

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Pesquisa foi realizada nas cinco regiões brasileiras, e mostrou que o Sudeste tem o maior valor, chegando a R$ 54,54. (Foto: Unsplash)

Comer fora de casa está pesando cada vez mais no bolso do brasileiro. Prova disso é que o preço médio da refeição completa fora do domicílio no Brasil, que considera um prato acompanhado de bebida não alcóolica, sobremesa e cafezinho, ficou em R$ 51,61 de março a maio deste ano. Isso representa uma alta de 10,8% em relação ao mesmo período de 2023.

Dentre as regiões do país, o Sudeste foi a que apresentou o maior valor da refeição, de R$ 54,54, superando em 10,6% o registrado no mesmo período do ano passado.

— Considerando as demais regiões, o ranking fica da seguinte forma:

* Sudeste – R$ 54,54, variação de 10,6%

* Nordeste – R$ 49,09, variação de 12,7%

* Sul – R$ 48,91, variação de  14,2%

* Norte – R$ 45,41, variação de 7,4%

* Centro-Oeste – R$ 45,21, variação de 8,3%

Os dados fazem parte de um estudo feito pela Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT) em parceria com a empresa Mosaiclab. Foram consultados 4.502 estabelecimentos comerciais, divididos nas cinco regiões, em 22 estados e no Distrito Federal. No total foram pesquisadas 51 cidades, com 5.640 preços coletados.

Para calcular o preço médio, a pesquisa considera os preços das quatro categorias mais comuns na alimentação fora de casa no Brasil: comercial completo, self-service, executivo e “a la carte”. Sempre de acordo com o prato principal, bebida, sobremesa e café. Nesse caso, o comercial completo apresentou o menor preço médio, de R$ 37,44. Em seguida aparecem o self-service (R$ 47,87), depois o executivo (R$ 55,63) e, por fim, o “a la carte” (R$ 96,44).

Na comparação entre as capitais, o maior custo foi registrado em Florianópolis (SC), que atingiu R$ 62,54, valor 11% acima do registrado no ano passado e quase R$ 11 maior do que a média nacional. Outros destaques são o Rio de  Janeiro (RJ), com R$ 60,46, e São Paulo (SP) que apresenta o preço médio de R$ 59,67.

— Preço médio nas capitais:

* Florianópolis – R$ 62,54, variação de 11%

* Rio de Janeiro – R$ 60,46, variação de 12%

* São Paulo – R$ 59,67, variação de 12%

* Natal – R$ 56,18, variação de 8%

* Recife – R$ 55,13, variação de 12%

* Vitória – R$ 54,67, variação de 12%

* Maceió – R$ 54,32, variação de 11%

* Campo Grande – R$ 53,24, variação de 8%

* Salvador – R$ 53,37, variação de 15%

* Palmas – R$ 51,39, variação de 8%

* João Pessoa – R$ 49,86, variação de 17%

* Curitiba – R$ 47,86, variação de 10%

* Brasília – R$ 47,16, variação de 14%

* Aracaju – R$ 46,50, variação de 17%

* Cuiabá – R$ 46,40, variação de 9%

* Manaus – R$ 46,28, variação de 8%

Custo médio

A pesquisa mostra também o custo de uma refeição básica, o chamado “prato feito”, ou “PF”, que contém normalmente arroz, feijão, uma proteína, suco ou uma fruta. Nesse caso, o valor foi de R$ 30,8. Em comparação ao ano passado, o aumento no preço da refeição básica foi de 4,7%, próximo ao IPCA do IBGE dos últimos 12 meses, que ficou em 4,3% no acumulado até junho.

— Quanto custa um “PF” no Brasil:

* Sudeste R$ 31,90

* Sul R$ 30,99

* Nordeste R$ 29,39

* Centro-Oeste R$ 28,12

* Norte R$ 28,11

Impacto

O levantamento mostra ainda o impacto do preço da alimentação fora do lar sobre o salário dos brasileiros, que segundo o IBGE estava em R$ 3.123,00 no primeiro trimestre deste ano.

Para se alimentar por 22 dias do mês com um “prato feito”, o trabalhador precisaria desembolsar cerca de R$ 678, o equivalente a 21,7% do salário médio estimado pelo IBGE. Porém, se optar por uma refeição comercial completa o valor sobe para R$ 823,68, o que representa 26,4% do salário médio do trabalhador.

Considerando o preço médio da refeição completa nas quatro categorias
pesquisadas, o valor aumenta para R$ 1.135,42, com impacto de 36,4% no salário médio.

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