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Mundo Eleições na Venezuela: Brasil já duvida de acesso a atas, mas vê erro em “autoproclamação” do candidato da oposição

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Decisão de deixar a Venezuela ocorreu depois de ter sido processado por cinco crimes relacionados com a sua função eleitoral. (Foto: Reprodução)

O governo Lula já duvida do acesso às atas das eleições na Venezuela e sabe que, quanto mais passa o tempo, menor é a chance de os dados reais serem publicizados. Entretanto resiste em classificar publicamente a eleição de Nicolás Maduro como fraude e, nos bastidores, a diplomacia avalia que o opositor ao regime chavista Edmundo González errou ao assinar documento público como presidente eleito, nessa segunda-feira (5).

Alguns pontos embasam a análise internamente. Um deles é de que, ao adotar essa postura, Gonzáles deu munição para o atual regime agir contra ele. O Ministério Público da Venezuela, por exemplo, anunciou a abertura de uma investigação penal contra o opositor e Maria Corina Machado.

Outro fator é que o gesto ecoa uma situação que os venezuelanos viveram no passado. Após eleições contestadas em 2019, o opositor Juan Guaidó adotou a condição de autodeclarado presidente, e tentou assumir funções do governo Maduro, sobretudo no exterior, nomeando embaixadores, e foi reconhecido por Brasil, Estados Unidos e mais 50 países. Mas isso em nada contribuiu para livrar a população do país vizinho da ditadura de Nicolás Maduro.

Nos últimos dias, os diplomatas conversavam sobre o temor de um “Guaidó 2″. Ressaltavam que o apoio do Brasil a ele “foi um desastre” e não ajudou na situação política interna. Ao contrário disso, apenas consolidou a narrativa conspiratória de Maduro.

Até o final de semana, integrantes do Itamaraty elogiavam a cautela de González, que vinha exigindo a divulgação dos boletins de urna para, só então, haver anúncio do resultado e endosso das demais nações. A decisão do opositor, nesta segunda, causou uma certa surpresa. E a expectativa no governo brasileiro e de que o chanceler Mauro Vieira consiga construir uma saída juntamente com outros países, como México e Colômbia. As informações são da AE.

Conspiração

O Ministério Público (MP) da Venezuela iniciou uma investigação penal por, entre outros possíveis delitos, “instigação à insurreição” e “conspiração” contra o principal ex-candidato à presidência do país na última eleição, Edmundo González, e contra a liderança da oposição, María Corina Machado.

Conforme o comunicado do órgão, a apuração é consequência de um comunicado emitido pelos dois na segunda-feira. O MP venezuelano afirma que a nota dos opositores incita abertamente os policiais e militares a que desobedeçam as leis. De acordo com o chefe do MP, Tarek William Saab, o comunicado pode incidir em crimes como “usurpação de funções, difusão de informação falsa para causar agitação; instigação à desobediência das leis, instigação à insurreição e associação para delinquir e conspiração”.

A nota do Ministério Público venezuelano informa ainda que, “à margem da Constituição e da lei, falsamente anunciam um ganhador das eleições presidenciais distinto ao proclamado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), único órgão qualificado para tal”.

Em comunicado publicado nas redes sociais, Corina Machado e Edmundo González afirmam que venceram a eleição e acusam o governo de repressão contra opositores, pedindo para policiais e militares “se coloquem ao lado do povo”.

“Nós pedimos que impeçam a devassidão do regime contra o povo e a respeitar e fazer respeitar os resultados das eleições de 28 de julho”, afirmam os opositores.

González e Corina afirmam ter publicado mais de 80% das atas eleitorais na internet que comprovariam a vitória de Edmundo González. A oposição argumenta ainda que as instituições venezuelanas, incluindo o Ministério Público, não são independentes e que atuariam apenas para favorecer o governo Maduro.

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