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Política Ministro da Fazenda diz que o Banco Central tem mandato para cuidar da inflação e já parou de cortar juros

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Haddad afirmou que governo irá acompanhar ‘sem ansiedade’ trajetória da inflação no País.

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
Haddad afirmou que governo irá acompanhar ‘sem ansiedade’ trajetória da inflação no País. (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse, nesta sexta-feira (9), que é o Banco Central quem tem mandato para gerir a inflação no País, ao comentar o resultado do IPCA divulgado pelo IBGE. A inflação em julho acelerou para 0,38% e está em 4,5% no acumulado de 12 meses, o teto da meta (de 3%) perseguida pela autoridade monetária.

“Nós estamos acompanhando, tomando as medidas necessárias. O BC tem falado a respeito, o dólar teve uma queda significativa nos últimos dias, e a gente espera que esses números convirjam para patamares inferiores. Nós esperávamos, em função do que está acontecendo no mundo, que houvesse alguma mexida na inflação deste ano. Nós vamos acompanhar com calma. O BC já parou os cortes (de juros) e vamos analisar com calma. Tem muita coisa para acontecer este ano ainda, sobretudo no cenário internacional. Temos que ter cautela agora”, disse o ministro.

Haddad ponderou que as ações do BC em relação aos juros agora afetam a inflação de 2026. “Você não vai corrigir a inflação de 2024 aumentando o juro. Você tem que ver a trajetória da inflação ao longo dos meses para saber qual é o remédio adequado para conter um eventual aumento de preços. Inclusive houve boas notícias em relação à cesta básica, preços de alimentos. Nós temos que acompanhar sem ansiedade e tomar as medidas necessárias para o Brasil continuar crescendo, e a renda do trabalhador continuar subindo”, disse.

Ele afirmou que o governo tomará as medidas necessárias para garantir o crescimento do País.

Questionado sobre as medidas de compensação da desoneração a serem incluídas na proposta de Orçamento para 2025, Haddad lembrou que existe uma decisão judicial a ser cumprida, que exige que seja apresentada fonte de receitas para bancar a renúncia fiscal.

O ministro afirmou ainda que alternativas serão apresentadas para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva antes da discussão do tema com o Congresso. Ele lembrou que a desoneração custa em torno de R$ 27 bilhões e que isso precisa ser considerado para o governo atingir as metas fiscais.

Petrobras

O ministro da Fazenda disse ainda que a União receberá o montante de dividendos da Petrobras que já constavam na previsão da Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2024. O conselho de administração da estatal aprovou na quinta-feira, 8, o pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) de R$ 13,6 bilhões relativos ao resultado do segundo trimestre de 2024.

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