Segunda-feira, 30 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 12 de agosto de 2024
O Ibovespa renovou a máxima desde fevereiro e o dólar recuou ante o real nesta segunda-feira (12), com investidores em todo o mundo à espera de novos dados da inflação dos Estados Unidos que serão publicados nesta semana. O principal índice da bolsa brasileira encerrou o dia com alta de 0,38%, aos 131.115 pontos, sustentado pela alta forte da Petrobras em dia de disparada do petróleo no mercado global. As ações preferenciais (PETR4) subiram 2,27%, enquanto ordinárias (PETR3) ganharam 2,79%. É a primeira sessão que o Ibovespa encerra acima dos 131 mil pontos desde o fim fevereiro.
Na direção oposta, Azul (AZUL4) perdeu quase 11,95% com reação negativa dos mercados aos dados do segundo trimestre que mostraram prejuízo de R$ 744 milhões no período. O clima de expectativa do cenário internacional fez o dólar fechar em queda de 0,3% ante o real, negociado a R$ 5,498, na quinta sessão seguida de desvalorização.
O dia também foi de atenção com fala de autoridades no País. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que “alguns detalhes estão sendo negociados” no texto da regulamentação da reforma tributária.
O chefe da equipe econômica se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ministros e líderes de governo no Congresso Nacional. Embora o projeto que dá diretrizes sobre os tributos que serão cobrados ao consumidor tenha tido um bom andamento na Câmara dos Deputados, os senadores estão mais duros quanto ao texto, especialmente no que tange a zona franca de Manaus.
O presidente do BC, Roberto Campos Neto, também falou em evento no Rio de Janeiro e disse que está “sedimentado” entre os diretores da autarquia a mensagem consensual de que farão o que for preciso para trazer a inflação para a meta independentemente de quem for o presidente da autarquia.
Campos Neto ainda afirmou que o ambiente de inflação acima da meta e expectativas desancoradas é motivo de preocupação, acrescentando que o BC tem feito o máximo para mostrar que suas decisões são técnicas.
“Essa fala de Campos Neto abre margem de que se a inflação não for controlada, o banco central pode sim aumentar novamente os juros do país, quer queira o presidente ou não”, afirma Hemelin Mendonça, especialista em mercado de capitais.
Mais cedo, o boletim Focus mostrou nova piora da expectativa da inflação pelos analistas, que passou para 4,2%, na quarta semana seguida de revisão negativa. Para 2025, a expectativa sofreu um leve ajuste para baixo, passando de 3,98% para 3,97%. O centro da meta oficial para a inflação é de 3%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.