Domingo, 22 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 12 de agosto de 2024
Não basta ter uma boa ideia; você precisa saber se há um mercado para ela.
Foto: ReproduçãoEscolher o negócio certo não é uma tarefa simples, mas também não precisa ser uma odisseia desnecessária por mares de complexidade. A chave, muitas vezes, está em unir paixão com estratégia, o desejo com viabilidade, e, acima de tudo, a simplicidade com a excelência.
Ao longo dos anos, tenho visto muitos empreendedores caírem na armadilha de escolher negócios baseados em modismos, aparentes tendências – passageiras – ou em conselhos mal fundamentados.
Conheça a si mesmo
Você precisa se perguntar: “Eu realmente entendo no que estou me metendo?” Antes de tudo, conheça suas paixões, habilidades e limites. Aristóteles disse uma vez que “o conhecimento de si mesmo é o princípio de toda sabedoria.” E ele estava certo. Se você não tem afinidade com o setor ou com as atividades que o negócio exige, estará fadado ao fracasso, ou pior, à infelicidade.
Pesquise o mercado com afinco
Não basta ter uma boa ideia; você precisa saber se há um mercado para ela. Pesquise sua concorrência, entenda seu público-alvo e descubra se há espaço para mais um jogador nesse campo. “A ignorância é a mãe de todos os desastres”, já dizia Sófocles. E no mundo dos negócios, a falta de informação é a rota mais curta para o fracasso.
Avalie a viabilidade financeira
O que adianta uma ideia genial se ela não é financeiramente viável? Antes de se lançar, faça as contas. Qual é o investimento inicial necessário? Quais serão os custos operacionais? E o retorno, quando virá? Se as respostas a essas perguntas não forem claras, talvez seja melhor repensar. Não caia em planos de negócios à lá Sebrae. Mundo cor-de-rosa só em filmes da Barbie.
Simplifique, simplifique, simplifique
Como eu sempre digo: “Limpe o mato.” Não complique. Muitos negócios falham porque seus fundadores criam sistemas complexos demais, carregados de burocracia desnecessária.
Seja realista com a localização
Se o seu negócio depende de uma localização física, escolha com cuidado. Um ponto comercial mal escolhido pode ser o beijo da morte para seu empreendimento. Faça uma análise detalhada sobre o fluxo de pessoas, o perfil do público na região e, claro, o custo-benefício.
Pense no longo prazo
Não se deixe seduzir por modismos. Como já disse antes, tendências vêm e vão. Pense se o negócio que você está escolhendo tem potencial de crescimento e, principalmente, sustentabilidade a longo prazo.
Franquia ou negócio próprio?
Essa é uma pergunta que muitos me fazem e, tête-à-tête eu sempre vou explicar que franquias seguem padrões, não apenas uma marca. Abrir uma franquia pode ser uma excelente escolha para quem quer uma “receita de bolo” que já deu certo. Mas lembre-se: não é bilhete de loteria premiado, mesmo uma franquia exige dedicação, energia e você deve estar preparado para seguir as regras do jogo estabelecidas pelo franqueador.
Escute, mas não demais
Conselhos são importantes, mas não deixe que eles abafem a sua voz interior. Muitas vezes, as pessoas ao seu redor vão tentar desmotivar você ou empurrar ideias que não têm nada a ver com o seu perfil. Escute o suficiente para não ser teimoso, mas tome suas decisões baseado no que faz sentido para você.
Estude a concorrência
Quem são os gigantes do seu setor? E os pequenos players? Ainda mais, estude os negócios locais. O que eles estão fazendo certo? E errado? Como você pode fazer diferente? Entender a concorrência é essencial para encontrar seu próprio espaço e não ser apenas “mais um”.
Foque na solução, não no problema
Por fim, seja um solucionador de problemas. Como líder, seu trabalho não é só identificar o que está errado, mas apresentar soluções práticas e eficazes. E lembre-se: “Tempo é dinheiro.” Não desperdice nem o seu, nem o dos outros. (Lucas Atanazio Vetorasso)