Quarta-feira, 18 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 13 de agosto de 2024
Peritos da Aeronáutica vão começar a analisar os motores do avião da Voepass, que caiu na última sexta-feira (9) em Vinhedo, interior de São Paulo. Eles pediram o histórico de problemas da aeronave. Até essa terça-feira (13), a força-tarefa do Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo tinha identificado ao menos 42 dos 62 mortos no acidente.
Segundo a Superintendência da Polícia Técnico-Científica, todas as vítimas morreram por politraumatismo. Os reconhecimentos dos corpos ainda não têm prazo para terminar. Os nomes dos mortos identificados não foram divulgados pelo IML.
Familiares das vítimas identificadas já providenciaram os trâmites para as cerimônias de despedida delas em suas cidades. As identificações dos mortos foram feitas por reconhecimento de digitais e outros meios, como radiografias, exames odontológicos de arcadas dentárias, tatuagens etc.
Segundo o chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), Brigadeiro do Ar Marcelo Moreno, por meio dos recursos do (Laboratório de Leitura e Análise de Dados de Gravadores de Voo (LabData), certificou-se que as caixas-pretas gravaram com sucesso os dados de voz e de voo referente à ocorrência em Vinhedo.
“Com relação ao CVR (Cockpit Voice Recorder – gravador de voz da cabine), está sendo realizado um estudo minucioso dos diálogos e sons estabelecidos na cabine e com o controle do espaço aéreo. Ainda, por meio do CVR, devem ser identificados os possíveis alarmes sonoros, cuja pesquisa pode requerer, se necessário for, uso de software de análise espectral do som. Por meio do FDR (Flight Data Recorder – gravador de dados de voo), já no início do processo, busca-se, após a extração e obtenção das informações gravadas nas caixas-pretas, a conversão dos dados eletrônicos binários em unidade de engenharia”, disse o Oficial-General.
Na medida em que a investigação avançar, os especialistas do LabData irão validar, por demanda, todos os parâmetros requeridos pela Comissão de Investigação. O trabalho de validação é realizado por meio de recursos tecnológicos físicos e lógicos de última geração, associados à documentação referente às atualizações de serviços, de componentes e de sensores presentes na aeronave envolvida no acidente. “Naturalmente, o trabalho requer qualificação excepcional de Recursos Humanos, demandando-se meticulosidade e precisão em todo processo, o que pode demandar uma grande variabilidade de tempo de resposta às indagações atinentes à investigação”, concluiu o Brigadeiro.
No domingo (11), o Cenipa iniciou a remoção dos motores da aeronave, com o acompanhamento de representantes da Agência Francesa de Investigação de Acidentes Aéreos (BEA) e da Agência Canadense de Segurança no Transporte (TSB), responsáveis pela fabricação da aeronave e dos motores, respectivamente. Os motores já se encontram nas instalações do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA IV), em São Paulo, e serão analisados no local. As informações são do portal de notícias G1 e da FAB.