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Mundo Acusação de violência doméstica contra o ex-presidente da Argentina monopoliza atenções no país

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Alberto Fernández foi formalmente acusado por lesões graves, ameaças e abuso de poder contra a ex-mulher.

Foto: Reprodução/ Facebook Casa Rosada
Alberto Fernández foi formalmente acusado por lesões graves, ameaças e abuso de poder contra a ex-mulher. (Foto: Reprodução/ Facebook Casa Rosada)

Um caso de violência doméstica supostamente cometida pelo ex-presidente argentino Alberto Fernández contra a ex-mulher Fabiola Yañez está expondo velhas divisões em seu Partido Justicialista (ou Peronista), lançando dúvidas sobre o futuro do político e tirando o foco das atenções do país das dificuldades do atual governo de controlar a crise econômica da Argentina.

As fotos dela com vários hematomas foram encontradas durante a investigação de um outro caso — sobre tráfego de influência para favorecer uma empresa de seguros —, quando a polícia investigava registros no celular da então secretária privada de Fernández, María Cantero. A secretária e Yañez conversavam sobre as agressões.

De acordo com informações da imprensa argentina, as agressões ocorreram em agosto de 2021, durante a pandemia.
No fim de semana, a exposição das fotos tornou ainda mais claras as divisões do governo anterior — principalmente entre Fernández e sua vice-presidente Cristina Kirchner. “Alberto Fernández não foi um bom presidente. Tampouco foram Mauricio Macri e Fernando De La Rúa”, escreveu Kirchner. “Mas as fotos da agressão são outra coisa. Elas mostram não apenas a surra que (Yañez) recebeu, mas também revelam os aspectos mais sórdidos e sombrios da condição humana”, disse.

No fim da semana passada, Milei – que fechou o Ministério das Mulheres — publicou nas redes sociais uma mensagem na qual critica “a hipocrisia dos progressistas”. “A solução para a violência que os psicopatas exercem contra as mulheres não é criar um ministério da mulher. A única solução para reduzir o delito é sermos duros com aqueles que o cometem.

Fernández acusado 

O ex-presidente da Argentina, Alberto Fernández, foi formalmente acusado por lesões graves, ameaças e abuso de poder contra a ex-mulher Fabiola Yañez. As informações foram divulgadas pela mídia argentina nessa quarta-feira (14), citando a promotoria do país. A ex-primeira-dama argentina denunciou Fernández por violência doméstica no início de agosto. O ex-presidente chegou a ser alvo de buscas e teve o passaporte cassado. Ele nega o crime.

De acordo com o jornal “El Clarín”, o promotor federal Ramiro González ampliou as acusações contra Fernández por violência de gênero após o depoimento de Yañez. Ela relatou o caso durante uma audiência, na terça-feira (13). Em um primeiro momento, o ex-presidente era investigado por lesões leves contra a ex-primeira-dama. Agora, a investigação também enquadra lesões graves duplamente qualificadas, com abuso de poder e autoridade. Ele também foi acusado de ameaças coercitivas.

No depoimento, a ex-primeira-dama afirmou que era alvo de episódios diários de violência reprodutiva, institucional, verbal, física e doméstica, além de constantes traições. Ela também disse que foi forçada por Fernández a fazer um aborto.

Diante do relato de Yañez, a promotoria entendeu que a ex-primeira-dama foi vítima durante oito anos de um crime maior do que lesões leves. O Ministério Público da Argentina também determinou que outras quatros pressoas sejam ouvidas como testemunhas no caso, incluindo uma ex-secretária de Fernández e um médico que cuidava da saúde da família.

Yañez, de 43 anos, e Fernández, de 65, foram casados e tiveram um filho em 2022 chamado Francisco. A ex-primeira-dama vive em Madri com o filho, enquanto o ex-presidente mora em Buenos Aires.

 

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https://www.osul.com.br/acusacao-de-violencia-domestica-contra-o-ex-presidente-da-argentina-monopoliza-atencoes-no-pais/ Acusação de violência doméstica contra o ex-presidente da Argentina monopoliza atenções no país 2024-08-14
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