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Cláudio Humberto Câmara irá limitar ingerência do STF nos Poderes

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Lógica política mineira. (Foto: Divulgação)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Haverá consequência, após o presidente Lula (PT) se associar ao Supremo Tribunal Federal (STF) para atropelar o Congresso e acabar com as emendas impositivas ou obrigatórias: a Câmara dos Deputados deve finalmente votar e aprovar a emenda, já aprovada no Senado, que limita o uso de decisões monocráticas para anular lei ou atos dos presidentes de Poder. A avaliação é do senador Esperidião Amin (PP-SC), relator da emenda do Rodrigo Pacheco, presidente do Senado.

Jogada do Planalto

“Para mim, é uma ação coordenada pelo governo”, disse Amin, sobre a decisão do STF avalizando a decisão monocrática de Flávio Dino.

Para que intervir?

“Não há nenhuma razoabilidade em o judiciário intervir sobre os recursos de investimento de um País”, diz o experiente parlamentar catarinense.

Poder terceirizado

Amin acha que Lula coordenou essa iniciativa ao perceber que seu poder de negociação com o Parlamento ficou “terceirizado”.

Acabou sendo bom

Apesar do impasse, Amin acredita em desdobramentos positivos. “Agora, a Câmara vai querer votar a PEC das decisões monocráticas”.

Como juízes, senadores não assinam impeachment

Os senadores decidiram não repetir o Supremo Tribunal Federal (STF), onde supostas vítimas atuam como polícia, denunciante e julgador. Eles decidiram não assinar o requerimento de impeachment do ministro Alexandre de Moraes. É que, se o processo for aberto, caberá ao plenário do Senado julgar o acusado. Além do caráter político dessa decisão, senadores seguem orientação de juristas para adotarem cautelas a fim neutralizar alegações malandras de anulação do processo.

Cuidados a mais

Os cuidados em torno do impeachment de Moraes foram confirmados à coluna por um líder da iniciativa, senador Eduardo Girão (Novo-CE).

Quarto de milhão

O pedido de impeachment lançado nessa sexta (16), em poucas horas, já somava mais de 250 mil assinaturas na plataforma change.org.

Margem de erro

Girão contou que senadores têm a orientação de um jurista renomado, que não identifica para sua proteção, a fim de reduzir a margem de erros.

Pedreiro suspeito

A Folha apontou outra atitude abusiva: o gabinete de Alexandre Moraes usou a estrutura do TSE para investigar a vida de um pedreiro, coitado, que havia contratado para fazer um trabalho na casa do ministro.

Inquérito bombril

“[Alexandre de] Moraes fez do inquérito das fake news um ‘inquérito bombril’, em que vale tudo o que sai da cabeça dele”, criticou o ex-vice-presidente Hamilton Mourão, atual senador

CCJ irá agilizar

A deputada Caroline De Toni, presidente da CCJ da Câmara, defendeu a PEC que limita decisões monocráticas dos ministros do STF: “Não podemos deixar nas mãos de um único Ministro do Supremo decisões que afetam toda a Nação e que já foram consolidados pelo Congresso”.

Era tudo mentira

Oito penosos anos depois, a Justiça Federal de Porto Alegre absolveu Eduardo Pezzuol e Leonardo Sperry, executivos da Taurus, de vender armas a traficante do Iêmen. Ganhou as manchetes, mas era mentira.

Gente ordinária

O Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes e TV BandNews, revelou que o Cyber Gaeco, grupo de combate a crimes cibernéticos do MP de São Paulo, descobriu e neutralizou 90 casos de vigaristas tentando aplicar golpes usando celulares dos familiares dos mortos no desastre aéreo.

Outro PCC

Viralizou vídeo que mostraria o ex-líder do Partido Comunista de Cuba, Manuel Castellanos, de máscara sanitária, boné e camiseta chegando ao aeroporto de Miami, EUA, para supostamente se aposentar.

Unha

A média das pesquisas eleitorais da RCP nos EUA mostra a vice Kamala Harris à frente de Donald Trump nos levantamentos nacionais. Entretanto, nas disputas pelos estados-chave, Trump aparece à frente.

O tempo voa

Há 8 anos, senadores discutiam reservadamente “fatiar” o impeachment de Dilma nos dias que antecediam o julgamento no Senado que seria presidida por… Ricardo Lewandowski, do STF, atual ministro de Lula.

Pensando bem…

…como diz o cientista político Fernando Schuller, Psol é o partido mais poderoso: não ganha nada no Congresso, mas vence todas no STF.

PODER SEM PUDOR

Lógica política mineira

O regime militar dava sinais de fraqueza e a oposição se organizava. Em Minas, Tancredo Neves e Magalhães Pinto se uniram para criar o moderadíssimo Partido Popular. Estavam juntos, mas queriam a mesma coisa: o governo mineiro. Um jornalista interpelou Magalhães: “Tancredo Neves é candidato ao governo de Minas?” Magalhães respondeu: “Bom, ele me disse lá em casa que não é não, mas isso quer dizer que ele é…”

Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos

*redacao@diariodopoder.com.br

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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