Quinta-feira, 28 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 17 de agosto de 2024
Além do SBT, "patrão" se envolveu com segmentos diversos, iniciando como camelô até se tornar dono de banco e companhia de cosméticos
Foto: DivulgaçãoConhecido pela marca de distribuir dinheiro em seus programas, seja com prêmios ou lançando “aviãozinhos” de cédulas para a plateia, Silvio Santos, acumulou um patrimônio bilionário e diversificado.
O apresentador e empresário morreu neste sábado (17), aos 93 anos, em decorrência de broncopneumonia após infecção por influenza (H1N1). Ele estava internado no hospital Albert Einstein, na capital paulista, desde o início de agosto.
Além do SBT, o “patrão” se envolveu com segmentos diversos, iniciando como camelô até se tornar dono de banco e companhia de cosméticos. Os negócios de Silvio Santos o tornaram uma das pessoas mais ricas do Brasil, com patrimônio estimado em R$ 1,6 bilhão, segundo a tradicional lista da Forbes.
O montante coloca o apresentador na colocação 209 no ranking geral do País. Já nonagenário, o apresentador continuava à frente dos negócios com seu jeitão centralizador. Silvio Santos, porém, tinha um plano para o futuro de suas empresas – embora não revelasse quase nada sobre o que planejava para seu legado.
A preparação para passar o bastão das companhias do grupo ganhou força em 2016, quando o SBT, enfrentou outra de suas grandes crises. A emissora, que fatura em torno de R$ 1,1 bilhão e tem lucro líquido estimado (não há publicação de balanços regulares) em R$ 40 milhões, encerrou o ano de 2016 com lucro líquido de R$ 6,6 milhões, menos de um décimo dos ganhos registrados um ano antes.
Em 2015, os lucros haviam sido de R$ 76,1 milhões, de acordo com os resultados divulgados na época. Uma das dificuldades da emissora sempre foi a combinação de baixa receita e custos muito altos. Para fechar essa equação e sair dessa última crise, o Grupo Silvio Santos contratou a consultoria americana McKinsey, referência em reestruturação de negócios. A ideia era organizar as contas e – também – a sucessão do empresário e apresentador, segundo apuraram veículos de imprensa entre 2015 e 2016.
Em 2017, depois de conseguir uma economia de R$ 100 milhões, que custaram aproximadamente 200 empregos, o SBT conseguiu ter lucro contábil de R$ 38,6 milhões, segundo o balanço da época.