Quinta-feira, 28 de novembro de 2024
Por Jocelin Azambuja | 22 de agosto de 2024
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Gostaria muito de dizer que nossa educação está melhorando cada vez mais e que está formando jovens cada vez mais qualificados para o mercado de trabalho, construindo uma mão-de-obra de primeira linha em todos os setores para o crescimento do Brasil, mas infelizmente está acontecendo o contrário. Continuamos ocupando os piores lugares comparativamente a países desenvolvidos e em desenvolvimento.
O último IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação) realizado em 2023, avaliando o ensino de matemática e português mostra a estagnação da educação brasileira, uma triste realidade de nosso ensino básico.
Nas séries iniciais o MEC tinha por objetivo que atingíssemos a média 6, objetivo alcançado, mas o RS ficou abaixo com 5,8. Da 6º a 9º o objetivo era menor 5,5, a media nacional ficou em 5 e o RS em 4,7. No ensino Médio o objetivo era ainda menor 5,2, a média nacional ficou em 4,3 e no RS 3,9.
Objetivos considerados baixos, em uma pontuação de 1 a 10, e que ainda assim não foram alcançados.
Esta é uma avaliação da dura realidade educacional. Imaginem a qualidade dos estudantes que conseguem chegar a universidade. Certa vez um professor universitário me disse: “se eu apertar um pouco nas avaliações só passa um ou dois”.
Essa é a triste realidade das últimas décadas. Várias são as razões, dentre elas destaco as greves de professores e funcionários e a ideologização política partidária de professores e escolas, pais distantes da escola que não se organizam mais em entidades representativas e organizadas e que quando vão até a escola é para xingar e até bater nos mestres. As poucas lideranças foram cooptadas pelos governos e ocupam cargos em Conselhos ou CCs. Falta gestão, falta cobrança, falta governantes que priorizem a educação. Os estudantes precisam escolas com gestão qualificada, organização, qualidade, respeito, que não deixem confundir liberdade com liberalidade. Nossas crianças e adolescentes precisam de limites, elas pedem limites na escola e família.
Claro que temos exceções em algumas escolas estaduais e municipais e de professores(as) que são idealistas e amam sua profissão e escolha. Mas além de tudo que já destaquei ainda tivemos escolas fechadas na pandemia por 2 anos e universidades por 2,5 anos, enquanto nos países desenvolvidos 2 a 3 meses.
Infelizmente nossas perspectivas não são otimistas para a formação de mão de obra qualificada.
Parte da população que vive das bolsas, não querem mais trabalhar e estão felizes assim. Com jovens sem educação qualificada não há futuro para o Brasil!!!
Jocelin Azambuja – advogado
* jocelinazambuja@gmail.com
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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