Quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 25 de agosto de 2024
Marçal voltou a sugerir que tem o apoio do ex-presidente nos bastidores.
Foto: ReproduçãoApós passar o início da campanha criticando adversários diretos, o empresário Pablo Marçal (PRTB), candidato a prefeito de São Paulo, decidiu mirar seus próprios aliados. No sábado (24), Marçal reclamou do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que decidiu deixar claro o apoio a Ricardo Nunes (MDB), assim como Tarcísio de Freitas (Republicanos), um dos fiadores políticos do candidato à reeleição.
“Você [Bolsonaro] vai se curvar para esses comunistas da prefeitura […] Você já percebeu que eu vou ganhar essa eleição e vai ficar ruim para você se você não tomar uma atitude de homem”, disse Marçal, em coletiva de imprensa, após participar de uma motociata em São Paulo.
O influenciador também reclamou da postura neutra de Tarcísio:
“Você quer ser candidato à presidência da República e sua candidatura vai acabar agora se você não tomar uma posição”, disse.
Marçal voltou a sugerir que tem o apoio do ex-presidente nos bastidores e pediu que ele rompesse sua palavra com Valdemar da Costa Neto, líder do PL, responsável pela costura que levou o partido a apoiar Nunes. Sobre Nunes, o influenciador afirmou que o prefeito teria “pedido ajuda para o Lula”, sugerindo, sem provas, que o presidente teria alguma influência na decisão da Justiça Eleitoral sobre as suas redes. Segundo Marçal, Tarcísio “estava pedindo ajuda para o Flávio Bolsonaro para me parar”.
O candidato classificou a decisão da Justiça Eleitoral que pediu a suspensão das suas redes sociais por abuso de poder financeiro como uma “censura”, e voltou a negar que tenha pago pessoas para inflar suas redes. Segundo o empresário, as pessoas fazem os cortes das suas entrevistas e participações em programas buscam pelo retorno financeiro da monetização das redes, mas nenhuma de suas empresas aplicaria dinheiro neste tipo de publicidade. Apesar disso, Marçal incentivou que os apoiadores continuem a realizar os cortes.
“Eu estou sem tempo de televisão, estou sem padrinho político, vocês pegaram o Lula e o Bolsonaro para ver se ganha. Vocês pegaram o Milton Leite, o Rodrigo Garcia, o dono desse governo é o Doria, está todo mundo junto”, continuou.
Anteriormente, Marçal participou de uma motociata, modelo de manifestação que ganhou o carimbo de Bolsonaro. O candidato disse que ficou satisfeito com o ato, que juntou pouco mais de uma centena de motos mesmo sem sua divulgação, e disse que pretende fazer novas reuniões do tipo, mas dessa vez “usando colete a prova de balas”.
“Tem que andar de colete à prova de faca porque esse monte de vagabundo não da conta de perder no voto e quer enfiar a faca nos outros igual enfiaram no Bolsonaro”, disse, novamente, tentando relacionar seu nome à Bolsonaro.