Quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 25 de agosto de 2024
A escalada das queimadas pelo interior do País gerou um estado de alerta nos palácios do Planalto e dos Bandeirantes. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), confirmou nesse domingo (25), a prisão de dois homens suspeitos de atear fogo em áreas rurais da região de Ribeirão Preto, agravando ainda mais a situação crítica desta parte do interior paulista.
Segundo a Defesa Civil, são seis cidades que enfrentam focos ativos de incêndio em São Paulo e 48 municípios estão com alerta máximo para queimadas. O governo Luiz Inácio Lula da Silva suspeita que os incêndios que têm assolado o País possam ter sido causados por uma coordenação criminosa, o que será objeto de investigação pela Polícia Federal (PF).
“Em São Paulo, não é natural, em hipótese alguma, que em poucos dias tenha tantas frentes de incêndio envolvendo concomitantemente vários municípios”, disse a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, durante entrevista coletiva nesse domingo, em Brasília. São Paulo registrou 1,8 mil focos de incêndio somente na sexta-feira (23), número recorde desde os inícios das medições em 1998.
O governador Tarcísio de Freitas informou que além das duas prisões feitas, um terceiro caso está sendo investigado pela Polícia Civil. O Estado vem sofrendo com incêndios florestais que avançam pelas cidades, causando bloqueios de estradas e interrompendo operações em aeroportos. Até o momento, os incêndios deixaram ao menos duas vítimas fatais.
“Nós tivemos ação de criminosos. Ontem (sábado), uma prisão em São José do Rio Preto, hoje de manhã (domingo) uma prisão em Batatais de um criminoso com passagem pela polícia. Ele estava com gasolina, ateando fogo, querendo agravar a situação. É uma coisa que nós não vamos tolerar”, afirmou o governador, em entrevista coletiva em Ribeirão Preto, avaliando que as ações criminosas se somaram às condições climáticas adversas para piorar os incidentes.
Trabalho conjunto
O presidente Lula se reuniu com a ministra Marina Silva no Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) na tarde desse domingo, em Brasília, para discutir ações de combate. Acompanhavam Lula o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, o ministro Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais) e a primeira-dama Rosângela Silva.
Lula não falou com a imprensa no local, mas declarou em postagem no X, antigo Twitter, que “tem gente colocando fogo de maneira ilegal, uma vez que todos os Estados do País já estão avisados e proibiram uso de fogo de manejo”. “A Polícia Federal vai investigar e o governo vai trabalhar com os Estados no combate aos incêndios”, acrescentou.