Quinta-feira, 28 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 27 de agosto de 2024
Kaid Farhan Alkadi, de 52 anos, foi levado para exames em um hospital: "Seu estado de saúde é estável"
Foto: Divulgação/Forças Armadas de IsraelAs Forças Armadas de Israel anunciaram nesta terça-feira (27) ter resgatado um refém de origem árabe que estava sob poder do Hamas na Faixa de Gaza.
O resgatado, segundo o Exército israelense, foi identificado como Qaid Farhan Alkadi e é muçulmano. Al-Qadi é beduíno, uma minoria nômade árabe que reside em Israel e foi sequestrado pelo Hamas em 7 de outubro de 2024, quando terrorista do grupo invadiram o sul de Israel, matando cerca de 1.200 pessoas e sequestrando outras 250.
Segundo a imprensa israelense, o refém foi encontrado por acaso durante uma incursão de militares no território palestino. A TV News 14 afirmou que não havia nenhum membro do Hamas vigiando o local onde Al-Qadi estava.
Em comunicado, as Forças Armadas de Israel afirmaram apenas que o resgate aconteceu em uma “operação complexa”. O Hamas ainda não havia se pronunciado sobre o caso.
Cerca de 110 sequestrados continuam sob poder do Hamas, segundo Israel. Embora tenha sido sequestrado por membros do Hamas que invadiram o sul de Israel em 7 de outubro de 2023, Alkadi também é muçulmano. Ele pertence à minoria beduína, uma população de cerca de 200 mil muçulmanos que vive em cidades próprias e povoados no deserto de Negev, uma das regiões atacadas pelos terroristas do Hamas na ocasião.
Alkadi trabalhava como segurança em um dos kibuts invadidos pelo grupo terrorista. Seu estado de saúde era bom, mas ele internado para monitoramento em um hospital, onde reencontrou com a família — segundo Israel, o resgato é casado com duas mulheres e tem 11 filhos.
O resgate ocorreu em paralelo à nova rodada de negociações que Israel e Hamas fazem há duas semanas para tentar chegar a um acordo de cessar-fogo e devolução de todos os reféns.
As conversas, no entanto, desaceleraram nos últimos dias, após o Hamas dizer discordar com partes do novo acordo, proposto pelos Estados Unidos. Os EUA mediam as negociações ao lado do Catar e do Egito.
Nesta terça-feira, autoridades palestinas afirmaram que ataques aéreos israelenses na Faixa de Gaza mataram 18 pessoas, sendo elas oito crianças, nas últimas 24 horas. No fim de semana, Israel disse ter feito um “ataque preventivo” a bases do Hezbollah no sul do Líbano. O grupo respondeu com bombardeios no norte de Israel, aumentando os temores de uma guerra generalizada no Oriente Médio.