Terça-feira, 26 de novembro de 2024

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
29°
Mostly Cloudy

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Esporte Paralimpíada 2024: Cerimônia de Abertura critica falta de inclusão na sociedade

Compartilhe esta notícia:

O palco do evento foi a Champs-Elysées, onde aconteceu o desfile das delegações.

Foto: Reprodução
O palco do evento foi a Champs-Elysées, onde aconteceu o desfile das delegações. (Foto: Reprodução)

Uma celebração a “todos os corpos” e com boa dose de (auto)crítica às insuficientes iniciativas da sociedade para a inclusão da pessoa com deficiência marcaram a Cerimônia de Abertura da Paralimpíada de Paris-2024 nesta quarta-feira (28).

A festa tinha como objetivo a reflexão e Alexander Ekman, responsável pelas coreografias do evento, com cerca de 500 artistas, nos convidou a pensar em uma sociedade mais inclusiva. A Paralimpíada de Paris, a primeira a ser realizada na cidade, se estenderá até 8 de setembro. Thomas Jolly, o diretor da cerimônia intitulada “Paradoxo”, quis deixar uma marca e transmitir uma mensagem sensível.

E conseguiu: o paradoxo entre uma sociedade que afirma ser inclusiva, mas continua “cheia de preconceito em relação às pessoas com deficiência”, população esta que chega a 15% da população mundial. E o paradoxo já deu as caras antes mesmo da festa começar: a Champs-Elysées, a avenida mais famosa de Paris, teve de ganhar camada de asfalto liso para que os cadeirantes pudessem desfilar sem ficar trepidando.

E o governo da região de Île-de-France prometeu “metrô para todos”, cujo projeto de acessibilidade de todo o sistema está estimado entre 15 e 20 bilhões de euros, a ser entregue ao longo de duas décadas. Cerca de 3% das estações de metrô de Paris são acessíveis.

Assim como a Cerimônia de Abertura da Olimpíada, às margens do rio Sena, a Cerimônia da Paralimpíada foi realizada fora do principal estádio de atletismo do evento.

Desta vez, o palco foi a Champs-Elysées, onde acontece o desfile das 185 delegações, além da Praça da Concórdia. Sem chuva, a grande vilã da festa olímpica, esta cerimônia tem clima festivo e bom humor.

O fio condutor de “Paradoxo” é a relação entre dois grupos: a “gangue criativa” e a “sociedade rígida”. Esses grupos interagem durante toda a cerimônia, em situações diversas. Houve a exibição de um curta-metragem apresentando por Théo Curin, nadador francês que participou dos Jogos Paralímpicos Rio-2016.

Dançarinos da “gangue criativa” e da “sociedade rígida” tomaram o palco da Praça da Concórdia ao som do famoso pianista Chilly Gonzales. Somente em um segundo momento, esses grupos começaram a interagir. Foi ao som da artista francesa Christine e The Queens, que apresentou nova versão da icônica canção de Édith Piaf, “Non, je neregrette rien”. Membros da sociedade rígida tiraram os óculos. Uma bonita mensagem.

Brasil

O desfile dos aletas aconteceu após show da Patrulha Acrobática Francesa que coloriu o céú de Paris com as cores da bandeira da França. E a delegação brasileira, de agasalhos azuis e chapéus amarelos e azuis, foi muito aplaudida. Fez festa, “ola” e não parou quieta na área reservada. O Brasil pode conquistar as primeiras medalhas paralímpicas já nesta quinta-feira (29).

Caso os atletas do País avancem em todas as possibilidades, serão 14 finalistas da delegação na data inaugural de competições na França. A modalidade com maior número de atletas com chances de brigar pelo pódio nesta quinta-feira é a natação. Doze nadadores do Brasil entrarão na água na estreia da modalidade.

Onze deles disputarão as classificatórias na manhã francesa e, se avançarem, farão as finais no final da tarde e início da noite na Arena La Défense. Um deles é o mineiro Gabriel Araújo (S2, limitações físico-motoras), escolhido para ser um dos porta-bandeiras do Brasil na Cerimônia de Abertura. Gabriel nadará os 100m costas.

Outra nadadora que estreará em Paris nesta quinta-feira é a pernambucana Carol Santiago (S12, baixa visão), a mulher do Brasil com mais medalhas paralímpicas em Paris-2024. Dona de cinco medalhas nos Jogos de Tóquio 2020, a atleta disputará os 100m borboleta.

Além dos doze nadadores, o ciclista goiano Carlos Alberto Soares vai disputar a prova de perseguição 3000m (C1, bicicletas convencionais) e também poderá entrar na luta por um lugar no pódio. A lutadora gaúcha de taekwondo Maria Eduarda Stumpf, da categoria até 52 kg, também pode chegar à zona de medalha.

Os Jogos Paralímpicos Paris 2024 serão realizados até 8 de setembro, reunindo mais de 4.400 dos melhores atletas paralímpicos do mundo. Ao todo são 185 Comitês Paralímpicos Nacionais representados em 22 esportes durante 11 dias de competição, separados em 549 eventos.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Esporte

Ibovespa renova máxima histórica; dólar sobe a R$ 5,55
Com maior delegação da história, Brasil desfila na cerimônia de abertura da Paralimpíada
https://www.osul.com.br/paralimpiada-2024-cerimonia-de-abertura-critica-falta-de-inclusao-na-sociedade/ Paralimpíada 2024: Cerimônia de Abertura critica falta de inclusão na sociedade 2024-08-28
Deixe seu comentário
Pode te interessar