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Política Eleições tendem a reforçar o controle da Câmara dos Deputados pelo Centrão

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Capilaridade dos partidos na disputa municipal sinaliza para a disputa proporcional em 2026. (Foto: Câmara dos Deputados)

Eleições para a Câmara dos Deputados e para as prefeituras se retroalimentam, recebendo e passando influência, em uma proporção que não é possível captar quando se olha exceções à regra, como é o caso de São Paulo. Na capital paulistana se desenha um segundo turno entre candidatos de dois extremos ideológicos, o que definitivamente não é o caso do Brasil como um todo. O Brasil se consolida como a pátria do Centrão e, para se ter ideia, basta ver que os 11 maiores partidos atualmente representados na Câmara são os 11 que mais lançaram candidatos no País.

Sete partidos lançaram candidatos em mais de 1 mil munícipios, o que significa que têm representantes em pelo menos um a cada cinco cidades. São MDB, PSD, PL, PP, PT. União Brasil e Republicanos. Em um segundo pelotão, outros quatro partidos garantem um candidato pelo menos a cada dez prefeituras: PSB, PSDB, PDT e Podemos. O levantamento foi feito com base em dados do TSE pela Action Relações Governamentais, empresa de consultoria.

Quem lança mais candidatos conta com mais chance de fazer prefeituras ou, ainda que não lidere o ranking em número, já deu uma demonstração que tem
musculatura para campanhas maiores.

Estes 11 são os partidos que têm capilaridade nacional e que contam com alguma chance de sobreviverem à cláusula de barreira de 2026, de 2,5%. Nada menos que 25 dos 26 governadores pertencem a esse grupo. A única exceção é Romeu Zema, de Minas Gerais, integrante do Novo. É possível que o Novo repita a façanha de 2018 e 2022 e eleja algum governador, mas não elegerá, como não elegeu, uma bancada parlamentar expressiva.

Guilherme Boulos ou Pablo Marçal podem até se eleger prefeito de São Paulo, mas para governar terão que se apoiar em um ou mais partidos desse grupo. A relação de candidatos a vereador não destoa muito do padrão para as prefeituras. Os partidos com mais candidatos a vereadores são da mesma lista. Apenas partidos desse grupo lançaram mais de 20 mil candidatos a vereador.

A proibição de coligações proporcionais, a dificuldade de se fazer quociente eleitoral para garantir uma cadeira nas câmaras de vereadores e a imposição de cláusula de barreira já enxugou o número de candidatos nas eleições municipais do País, o menor desde 2008, tema de outra coluna Pergunte aos Dados.

Também já diminuiu a diversidade dentro dos legislativos municipais. Levantamento feito pelo professor Murilo Medeiros , da UnB, constatou que nas capitais havia 17 partidos em média nas câmaras de vereadores no momento da posse das atuais composições, em fevereiro de 2021. Hoje a média caiu para 12, sendo que em algumas capitais a redução foi drástica. Em Palmas e Porto Velho, por exemplo, a média caiu de 14 para 7 partidos.

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