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Porto Alegre Plano de recuperação judicial da Fundação Universitária de Cardiologia é homologado

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A Fundação Universitária de Cardiologia possui 967 leitos e cerca de 4 mil funcionários distribuídos em suas unidades

Foto: Divulgação
A Fundação Universitária de Cardiologia possui 967 leitos e cerca de 4 mil funcionários distribuídos em suas unidades. (Foto: Divulgação)

A Justiça homologou o plano de recuperação judicial da FUC (Fundação Universitária de Cardiologia), que administra o Instituto de Cardiologia de Porto Alegre, o Hospital de Alvorada, o Hospital Parque Jeremias de Cachoeirinha, o Instituto de Cardiologia Hospital Viamão, o Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal e o Hospital Regional de Santa Maria.

A decisão, proferida na sexta-feira (30), é do juiz Gilberto Schäfer, da Vara Regional Empresarial da Capital. O magistrado destacou que a FUC atendeu aos requisitos formais para a concessão da recuperação judicial sem a necessidade de convocação de assembleia geral de credores, em razão da desistência das objeções.

Na decisão, o juiz afirmou que, conforme a jurisprudência e a doutrina, a recuperação judicial oferece à empresa devedora uma oportunidade para reestruturação, mas exige um compromisso firme com as obrigações assumidas, sob pena de falência.

O juiz concedeu um prazo de 120 dias para que a Fundação apresente as certidões negativas referentes à prefeitura de Porto Alegre e ao governo federal.

Recuperação judicial

A recuperação judicial é um regime jurídico que visa reestruturar o passivo e reorganizar a empresa para superar a crise econômica. A Fundação Universitária de Cardiologia possui 967 leitos e cerca de 4 mil funcionários distribuídos em suas unidades.

No processo, a FUC informou que seu passivo é de R$ 322 milhões, dos quais R$ 257 milhões estão sujeitos ao regime recuperacional, correspondendo a 80% do seu endividamento. A Fundação alegou que a crise financeira foi provocada por uma série de fatores e que, nos últimos sete anos, não conseguiu reverter a situação de déficit financeiro. Relatou também que tem administrado os déficits recorrentes por meio de decomposição da situação de caixa, crescente endividamento bancário, parcelamentos de tributos e honorários médicos, além da alta no preço dos insumos, o que impactou na redução da produção assistencial e agravou a situação.

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