Quarta-feira, 27 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 31 de agosto de 2024
Um voo que ia do Rio de Janeiro para Florianópolis nesse sábado (31) precisou retornar ao Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, para o atendimento de um passageiro que passou mal. Segundo um passageiro informou, o homem aparentava ser idoso e estava em uma das poltronas na frente do avião, no corredor. Ao passar mal, ele tombou para o lado, desacordado.
A tripulação pediu a ajuda de médicos a bordo para os primeiros socorros e anunciou que seria necessário retornar. Pelo sistema sonoro do avião, foi avisado que a aeronave faria um pouso emergencial para atendimento médico no Galeão. O voo G3 2022 havia saído por volta das 8h50 do Rio, e o pouso de volta foi às 9h50.
Assim que tocou o solo, uma equipe de emergência do aeroporto retirou o homem do avião para atendimento. Segundo testemunhas, o homem estava consciente e conversou com a equipe médica quando foi retirado da aeronave.
Segundo a Gol, o passageiro foi atendido em solo pelo Corpo de Bombeiros. Não há informação sobre a identidade ou o estado de saúde dele. Durante o voo, outros passageiros também se sentiram mal com a situação e precisaram ser atendidos por médicos a bordo.
Veja a íntegra da nota da Gol:
“A GOL informa que durante o voo G3 2022, que operava a rota GIG-FLN neste sábado (31), foi identificado pela tripulação que um cliente apresentou um mal estar de saúde. A tripulação seguiu os procedimentos conforme preconizado, o cliente recebeu os primeiros-socorros e o voo precisou retornar para o Aeroporto do Galeão (GIG). O pouso ocorreu às 09h50 e o cliente foi prontamente atendido pelo Corpo de Bombeiros.
O voo 2022 partiu novamente com destino ao Aeroporto de Florianópolis (FLN) às 10h20.
A GOL reforça que todas as ações referentes a este voo foram tomadas com foco na Segurança, valor número 1 da Companhia.”
O que fazer
Quando alguém passa mal durante um voo comercial, a primeira reação dos comissários de bordo será perguntar se entre os passageiros há algum médico.
O profissional da saúde deverá se apresentar por causa do seu código de ética. Se ele não fizer isso, pode ser punido caso alguém saiba que ele é médico e que decidiu não prestar socorro, explica a presidente do Comitê de Medicina Aeroepacial da Associação Paulista de Medicina, Rozania Sobreira.
A partir daí, o paciente é levado ao galley, espaço onde os comissários servem os lanches, que consegue comportar a aplicação dos procedimentos necessários.
Todos os voos têm uma caixa que só pode ser aberta por médicos. Nela, há medicamentos e equipamentos que permitem tratamentos mais invasivos, como a entubação.
Há ainda uma segunda caixa, que pode ser aberta por outros profissionais da saúde, como enfermeiros, e pelos comissários. Ela contém outros tipos de itens, curativos e medidor de pressão, por exemplo.
Mas nem todo voo vai ter um passageiro que trabalhe na área da saúde, por isso a função dos comissários vai muito além de servir lanches, diz Rozania. Todos possuem um treinamento para aplicar primeiros socorros, como a realização de massagem cardíaca.
Além dessas medidas, em voos mais longos, algumas companhias aéreas oferecem assessoramento remoto de médicos especializados em medicina aeroespacial, para o atendimento de quando alguém passa mal a bordo. A equipe dará orientações à tripulação de como o passageiro deve ser tratado.