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Rio Grande do Sul Quatro meses após as enchentes, concessionária ainda não apresentou os impactos na malha ferroviária do RS

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Governo do Estado solicitou ingresso no GT (grupo de trabalho) criado para tratar das demandas da área

Foto: Ricardo Botelho/Minfra
Governo do Estado solicitou ingresso no GT (grupo de trabalho) criado para tratar das demandas da área. (Foto: Ricardo Botelho/MInfra)

Quatro meses após as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul, os impactos na malha ferroviária do Estado ainda não foram apresentados pela concessionária Rumo Logística, que detém a concessão de ferrovias gaúchas.

A expectativa era de que o relatório com o diagnóstico fosse divulgado em reunião virtual realizada na segunda-feira (2) entre o vice-governador Gabriel Souza, representantes da empresa e o secretário nacional de Transporte Ferroviário, Leonardo Ribeiro. Porém, durante o encontro, a Rumo informou que os dados finais ainda estão em análise. Na reunião, o governo do Estado solicitou ingresso no GT (grupo de trabalho) criado para tratar das demandas da área.

Agendado inicialmente para 19 de agosto e remarcado para o dia 2 de setembro, o encontro era aguardado pela gestão estadual para, a partir do levantamento apresentado, debater as soluções e encaminhamentos para as ferrovias gaúchas, que já enfrentavam dificuldades anteriores ao episódio meteorológico.

“Não tivemos acesso, até o momento, aos dados finais de diagnóstico da malha ferroviária do Rio Grande do Sul, o que interfere na análise e decisões que serão tomadas. O objetivo do governo do Estado é contribuir com o governo federal e construir soluções. Também manifestamos nosso interesse em participar do GT e colaborar com o debate para o setor, estratégico para a nossa economia”, destacou o vice-governador.

Apesar de não serem apresentados os números, dados desses impactos foram divulgados pela imprensa gaúcha na semana passada. Em resposta, o secretário nacional de Transporte Ferroviário informou que o trabalho está sendo concluído e que os detalhes do estudo elaborado pelo Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) e pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) serão fornecidos nos próximos dias.

Segundo ele, em análise preliminar, os danos podem ter atingido cerca de 700 quilômetros, com um custo de recuperação entre R$ 3 bilhões e 4 bilhões. Ribeiro anunciou ainda a possibilidade de abertura de crédito extraordinário para aporte no modal.

O vice-governador acrescentou que a possibilidade de crédito extraordinário, adiantada pelo secretário, por meio do Orçamento Geral da União, é uma boa notícia diante do cenário atual. “Um aporte público poderá permitir que rapidamente tenhamos obras, sejam de reparos nos quilômetros atingidos ou até mesmo um novo traçado”, disse. Na reunião, Gabriel ressaltou também que, devido às rotas turísticas existentes, como Vale do Taquari e Serra Gaúcha, o Estado entende que é necessário manter parte da malha atingida, em especial nessas regiões.

Também participaram do encontro os secretários estaduais de Logística e Transportes, Juvir Costella, e da Reconstrução Gaúcha, Pedro Capeluppi, o vice-presidente da Rumo Logística, Guilherme Penin, entre outros diretores e funcionários da empresa.

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