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Saúde Com baixo estoque, Ozempic pode ter “disponibilidade intermitente” até o fim do ano

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O Ozempic, que tem como princípio ativo a semaglutida, tem sido amplamente usado "off label" para a perda de peso.

Foto: Reprodução
O Ozempic, que tem como princípio ativo a semaglutida, tem sido amplamente usado "off label" para a perda de peso. (Foto: Reprodução)

A demanda elevada pelo medicamento Ozempic terá como consequência o baixo estoque do medicamento nas farmácias brasileiras ao longo de 2024, segundo a farmacêutica Novo Nordisk, responsável pela produção do fármaco. As três formulações disponíveis no País, de 0,25 mg, 0,5 mg e 1 mg serão afetadas.

“A Novo Nordisk ressalta que dada a complexidade envolvida na cadeia de distribuição de medicamentos a nível nacional é esperado que o estoque do produto no mercado se restabeleça de forma gradual e não de imediato, uma vez que a disponibilização do medicamento compreende etapas que não podem ser aceleradas”, escreveram em nota.

Não houve outros motivos associados à eventual falta do remédio em território brasileiro.

“Importante ressaltar que não há problemas de qualidade ou regulatórios com nenhuma das apresentações do produto”, informaram.

Na Europa, o cenário é parecido. Na segunda (2), a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) anunciou em nota conjunta com a farmacêutica que a escassez do remédio deve durar até o quarto trimestre deste ano.

Wegovy

O Ozempic, que tem como princípio ativo a semaglutida, tem sido amplamente usado “off label” para a perda de peso. Contudo, ele foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o tratamento da diabetes tipo 2.

Já o Wegovy, também fabricado pela Novo Nordisk, recebeu a aprovação do órgão no tratamento para pessoas com obesidade, sobrepeso ou pelo menos uma comorbidade relacionada ao peso, e conforme a nota, não terá mudanças na sua distribuição.

Como o Ozempic funciona?

A semaglutida é o mais avançado até então no país entre os chamados análogos de GLP-1, classe de medicamentos que simulam o hormônio GLP-1 no corpo humano. Existem receptores desse hormônio em diversas partes do corpo. No pâncreas, por exemplo, essa interação aumenta a produção de insulina, necessária para pacientes com diabetes.

Já no estômago, o GLP-1 reduz a velocidade da digestão da comida e, no cérebro, ativa a sensação de saciedade. Esses mecanismos levam a pessoa a sentir menos fome e, consequentemente, reduzir as calorias ingeridas por dia. Com isso, perdem peso – cerca de 14,9% após 68 semanas com a dosagem de 2,4 mg, segundo um estudo publicado na New England Journal of Medicine.

Diferenças

Ambos os medicamentos são canetas injetáveis semanalmente feitas de semaglutida. As diferenças são a dose do princípio ativo e a finalidade oficial registrada na bula.

O Ozempic é vendido em três formulações: 0,25 mg, 0,5 mg, 1 mg. Já o Wegovy é vendido em cinco formulações, duas com doses mais altas da semaglutida: 0,25 mg, 0,5 mg, 1 mg, 1,7 mg e 2,4 mg.

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