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Política “Rachadinha”: Ministério Público denuncia sete pessoas e arquiva acusações contra Carlos Bolsonaro

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Durante a investigação, Carlos teve quebrados os sigilos bancário, fiscal e telemático.

Foto: Agência Brasil
Durante a investigação, Carlos teve quebrados os sigilos bancário, fiscal e telemático. (Foto: Agência Brasil)

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou o chefe de gabinete do vereador Carlos Bolsonaro, Jorge Luiz Fernandes, o Jorge Sapão, e outras seis pessoas pela prática de “rachadinha” no gabinete na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro. O MPRJ arquivou a denúncia contra Carlos, por não ter encontrado indícios com relação a ele.

Durante a investigação, Carlos teve quebrados os sigilos bancário, fiscal e telemático. No entanto, a denúncia contra ele foi arquivada, “visto que não se demonstrou qualquer circulação de valores para suas contas ou pagamentos”, de acordo com o documento.

O termo “rachadinha” é usado para definir um esquema de repasse de parte do salário recebido por funcionários, servidores ou prestadores de serviço a um político ou a assessores dele. O crime é conhecido juridicamente como peculato.

Foram denunciados:

* Jorge Luiz Fernandes
* Juciara da Conceição Raimundo da Cunha
* Alexander Florindo Baptista Júnior
* Thiago Medeiros da Silva
* José Francisco dos Santos
* Andrea Cristina da Cruz Martins
* Regina Célia Sobral Fernandes (esposa de Jorge Luiz)

Para o Ministério Público, o chefe do esquema era Jorge Luiz Fernandes, que criou uma verdadeira “organização criminosa”.

“Era amigo da familia Bolsonaro, tendo sido nomeado para o cargo de assessor em 2001 no gabinete de Carlos. A partir de 2018, passou a ser o chefe de gabinete”, afirma o MP.

Os outros denunciados pelo promotor Alexandre Murilo Graça eram responsáveis por “receberem e repassarem parte do dinheiro que recebiam para Jorge Fernandes. De acordo com as investigações, o esquema ocorreu entre junho de 2005 e dezembro de 2021 no gabinete de Carlos Bolsonaro na Câmara.

Regina foi quem mais repassou dinheiro para Jorge Fernandes, seu marido: R$ 814 mil durante o período. Juciara, por exemplo, repassou para Jorge um valor estimado de R$ 647,15 mil entre 2007 e 2018. Alexander, por sua vez, repassou R$ 222 mil entre 2014 e 2018, e também recebeu uma parcela do valor (pouco mais de R$ 44 mil). Andrea repassou R$ 112,9 mil, quase o valor integral recebido durante o tempo em que trabalhou no gabinete. As informações são da GloboNews.

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