Segunda-feira, 25 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 15 de setembro de 2024
Os ovos têm sido parte da dieta humana por milênios e ao longo de diversas culturas. O alto teor de proteínas e de nutrientes essenciais os torna um alimento ideal para muitos povos e indivíduos que precisam desses benefícios para enfrentar os dias de trabalho. Além disso, embora obter ovos implique algumas complicações, é possível incorporá-los em diversos pratos, muitos dos quais são saborosos.
No entanto, existe um debate sobre o valor sanitário desses alimentos históricos devido ao significativo conteúdo de colesterol. Para muitos, esse fator gera preocupações, pois pode ter um impacto negativo na saúde cardiovascular. Assim, mesmo ao considerar os variados benefícios, o medo leva a questionar se a quantidade de colesterol presente nos ovos é segura ou se realmente representa um risco demasiado alto para o corpo humano.
De acordo com a Clínica Mayo, na Flórida, nos Estados Unidos, um ovo de tamanho médio contém aproximadamente 186 miligramas de colesterol. A maior parte está na gema. Porém esse nível pode variar ligeiramente conforme o tamanho do ovo, o que significa que nem todos os ovos terão a mesma quantidade da substância. Portanto, o valor de 186 é uma média aproximada e alguns casos podem desviar-se um pouco desse número.
Nos últimos anos, o colesterol nos alimentos tem uma má reputação devido à sua associação com um maior risco de doenças cardiovasculares. No entanto, a Associação Americana do Coração esclarece que o colesterol é mais complexo do que parece. A primeira complexidade é que existem dois tipos da substância. Por um lado, há o LDL, lipoproteína de baixa densidade; popularmente conhecida como colesterol “ruim”, já que pode se acumular nas paredes das artérias e aumentar o risco de problemas cardíacos. Por outro, há o HDL, lipoproteína de alta densidade, considerado o colesterol “bom” devido ao fato de que ajuda a remover o LDL das artérias.
Não se deve permitir que os medos relacionados à saúde resultem em uma condenação geral de todo tipo de colesterol. De acordo com um artigo da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, pesquisas recentes demonstraram que, para a maioria das pessoas, o consumo de colesterol na dieta tem um efeito limitado nos níveis de colesterol LDL. Por isso, embora o ovo possa ter um conteúdo significativo de colesterol, nem sempre levará a doenças, como alguns poderiam assumir rapidamente.
Embora os ovos não representem sempre um risco para a saúde, os especialistas lembram que, como todos os alimentos em uma dieta equilibrada, não se deve consumi-los excessivamente. Por essa razão, pode ser útil para alguns saber qual é a quantidade recomendada de ovos para manter uma alimentação balanceada. O site especializado Healthline afirma que a quantidade de ovos varia conforme a saúde geral e histórico médico do consumidor. Para a maioria das pessoas saudáveis, comer até sete ovos por semana não aumenta significativamente o risco de doenças cardíacas. Essa quantidade inclui tanto o consumo de ovos inteiros quanto de claras de ovo.
Por outro lado, pessoas com condições específicas, como diabetes tipo 2 ou histórico de doenças cardíacas, devem ser mais cautelosas. Recomenda-se limitar o consumo de ovos a menos de sete por semana. Em alguns casos, pode ser muito conveniente consultar a quantidade exata com um nutricionista para ajustar a dieta de acordo com as necessidades individuais.
Além de evitar o consumo excessivo de ovos, existem outras maneiras de controlar os níveis de colesterol. Muitas dessas alternativas podem ser úteis para aqueles que continuam preocupados e desejam substituir os ovos inteiros.
* Claras de ovo
Como a maior parte do colesterol está na gema, consumir apenas as claras pode ser uma solução ideal para algumas pessoas, já que fornece uma boa quantidade de proteínas sem a presença do colesterol.
* Produtos à base de ovo sem colesterol
Existem no mercado diversos substitutos do ovo que são projetados para ser baixos em colesterol e, portanto, podem ser uma boa opção para quem busca alternativas.
* Incluir alimentos ricos em fibras
Incorporar alimentos como frutas, vegetais, leguminosas e grãos integrais na dieta pode ajudar a reduzir os níveis de colesterol LDL e evitar problemas de saúde cardiovascular.